Sorocaba já registrou de surra de ET até a maior vigília para observar óvnis da história do Brasil

terça-feira, 19 de março de 2019

Sorocaba já registrou de surra de ET até a maior vigília para observar óvnis da história do Brasil


Sorocaba que em tupi quer dizer terra rasgada, fendida, em alusão aos tropeiros que passavam pelo lugar é conhecida atualmente por ser a quarta cidade mais populosa do interior paulista.

Conhecida como a Manchester Paulista devido ao seu desenvolvimento, quem passa pela cidade de 671.000 habitantes nem imagina que em um passado não tão distante ela reuniu alguns dos mais famosos e bizarros casos da ufologia nacional.

Confira alguns deles abaixo:

A noite em que a polícia perseguiu um óvni


A aparição de um objeto voador não identificado na região da Vila Hortência, em Sorocaba, completou 40 anos. O chamado “caso Mariquinha”, na época, ganhou relevância pois cerca de 20 policiais distribuídos em oito viaturas perseguiram durante toda a madrugada de 8 de janeiro de 1979 as luzes coloridas em movimento no céu da cidade.

O caso foi denominado Mariquinha pois era no morro homônimo, situado no bairro Barcelona, que os curiosos buscavam enxergar com mais facilidade o objeto voador não identificado. O ponto era um dos mais altos da região e ficava próximo da primeira aparição.

Naquela noite de 8 de janeiro de 1979, a primeira viatura notificada para atender o chamado de um objeto voador não identificado tinha as presenças dos policiais José Pandolfo e Sérgio Costa. A ligação partiu do então estudante Sérgio Pregnolatto, que viu uma luz passando por cima dele e rapidamente acionou a Polícia.

Os detalhes da perseguição foram publicados na edição de 9 de janeiro de 1979 do jornal Cruzeiro do Sul. À reportagem, Pandolfo e Costa descreveram o que viram no céu de Sorocaba: “Era um objeto redondo em cima e com a base achatada, emitia luzes vermelhas na parte de cima e uma luz que não era nem verde nem azul na parte de baixo. Era alguma coisa muito bonita de se ver, mas que deu um medo muito grande na gente, isso deu. Nós estamos acostumados a enfrentar gente como nós, mas coisas estranhas não.”

Durante a perseguição, os policiais também tentaram manter contato com o objeto não identificado. Segundo eles, houve resposta por parte do provável disco voador. “Com o holofote de nossa viatura, nós mandamos sinais de luz, e parece que o objeto respondeu. Suas luzes não se apagaram totalmente, mas dava para perceber que ela diminuíam a intensidade. Quando a gente acendia e apagava o holofote, as luzes do objeto de tornavam foscas e depois aumentavam de intensidade. Quando nós acendemos a luz vermelha da sirene, parece que eles responderam claramente”, disse Costa, logo após a perseguição ao Cruzeiro do Sul.

A perseguição iniciada às 3h15 da madrugada na Vila Hortência teria terminado três horas depois. De acordo com as declarações dos policiais, o dia já estava claro, as estrelas já haviam desaparecido, mas a luz do objetivo ainda podia ser vista.

Blackout

Charge feita por Peron e publicada em 12/1/1979 no jornal Cruzeiro do Sul.

Em 9 de janeiro de 1979, um dia depois da primeira aparição, o objeto voador não identificado foi novamente visto no céu de Sorocaba. Desta vez, ele foi precedido por uma explosão luminosa nas proximidades da represa de Itupararanga e por duas quedas de energia que deixaram a cidade às escuras.

Caso clássico

Vigília feita em 1979 para observar Óvnis saiu teve cobertura do programa Fantástico da Rede Globo.

O integrante do Grupo de Estudos de Pesquisas Ufológicas de Sorocaba, Marco Aurélio Leal, 33 anos, acredita que o “caso da Mariquinha” é o mais clássico de Sorocaba envolvendo objetos voadores não identificados. Segundo ele, em um dia houve a maior vigília já registrada no Brasil para se observar um possível disco-voador. “Cerca de 6 mil pessoas passaram a noite no local”, comenta.

Duas Luas

A luz “estranha” no céu de Sorocaba. Crédito da foto: Pedro Evaldo Moraes / Reprodução / Arquivo JCS (9/1/1979).

Hoje, aos 47 anos, o fotógrafo e historiador Silvio Rosa Santos Martins, morador do Centro de Sorocaba, conta que estava com o pai, artista plástico, quando, segundo ele, os dois foram até outro cômodo da casa buscar tinta.

No meio do caminho, o então garoto olhou para a árvore no terreno e viu a luz branca poucos metros acima.

"Faz tempo, mas me lembro muito bem dessa noite. Meu pai comentou que era a lua e eu disse que não, porque a lua estava do outro lado. Do nada, a esfera foi se movendo. Se fosse hoje, seria algo comparado a um drone. No outro dia vimos que mais pessoas tinham visto pelas matérias", lembra.

Local onde a luz foi vista por Silvio em Sorocaba.

Ataque de Chupa-Cabra


O ataque do predador misterioso ocorreu no final dos anos 90, na Fazenda Santa Gertrudes, do pecuarista João Ribas Leite, de 37 anos, que garante ter visto uma espécie de "vampiro gigante" sugando um animal do seu rebanho.

O caso ocorreu numa noite de sexta-feira. A fazenda fica próxima do km 78 da Rodovia Castelo Branco, em Sorocaba.

Leite contou que era noite quando ouviu um ruído parecido com o de cachorro rosnando, vindo do quintal. Saiu para verificar e deparou-se com uma espécie de "morcego descomunal" sugando o sangue de uma de suas vacas.

Armado com uma carabina, ele disparou contra o estranho animal, mas conseguiu apenas espantá-lo. "Era o chupa-cabras", assegura.

Surra de ET


Na noite do dia 3 de julho de 1997, um matagal no bairro Vila Helena, zona norte de Sorocaba (SP), foi palco de uma luta entre o homem e um extraterrestre. Pelo menos é o que mostra o histórico do boletim de ocorrência registrado naquela data.

Na época, o vendedor autônomo e praticante de artes marciais Célio de Lima Baptista, 26 anos, registrou o caso no 8º Distrito Policial como lesão corporal causada por um ser de dois metros, magro e com olhos vermelhos.

Ao menos na Justiça de Sorocaba, o caso foi o único a chegar ao Fórum e arquivado no ano seguinte, sem a identificação do suposto "ET briguento". O G1 procurou Célio para falar sobre o caso, mas foi informado que o rapaz morreu meses depois do ocorrido. Célio foi assassinado com um tiro, no mesmo bairro, meses depois do ocorrido.

O G1 teve acesso ao histórico do boletim de ocorrência da época, aos depoimentos anexados ao processo e resgatou uma reportagem em que oito meses depois da ocorrência Célio desenhou o agressor e explicou com detalhes o que passou.

3 de julho de 1997

Rapaz afirma que foi perseguido por um esqueleto, sem carne, de cor inexplicável, mãos de pinças e olhos vermelhos.

O vendedor voltava para casa com verduras quando o carro quebrou na Vila Helena, zona norte de Sorocaba. Com medo de ter o veículo furtado, o rapaz andou até a casa, deixou as compras e iria dormir no carro, segundo o relato ao MP.

Vigias o tranquilizaram e disseram que olhariam o automóvel quebrado. Por volta das 20h, uma luz teria aparecido no céu, mas a situação não teria chamado a atenção do vendedor, por existir um aeroporto na região.

O rapaz seguiu para casa e decidiu cortar caminho por um matagal, quando apareceu a luz e a figura descrita por ele, na ocasião, como "um esqueleto, sem carne, de cor inexplicável, mãos de pinças e olhos vermelhos". Célio afirmou que tentou se proteger porque tinha conhecimento de artes marciais.

"Ele queria falar alguma coisa, assim 'zen, rá, za', como se quisesse falar e eu não entendia e minha língua já estava começando a ficar pesada de medo. Eu não tirava o olho dele", afirmou célio à reportagem da TV Globo, oito meses depois do ocorrido.

Ferimento no polegar

Célio registrou B.O na época.

Conforme o relato ao MP, ele "sentiu algo no seu dedo [polegar direito] mas só percebeu a perfuração profunda e seu nariz sangrando após o ser ter desaparecido; que seu nariz sangrou só do lado direito, sentiu o lado direito do seu corpo, da cabeça aos pés totalmente congelado."

Em seguida, conforme apurado pelo G1, Célio correu e pediu ajuda para jovens, que avisaram uma senhora. A Polícia Militar o encaminhou ao pronto-socorro da Vila Angélica, onde foi feito um curativo no dedo.

No dia seguinte, ainda segundo o relato à promotoria, o rapaz foi levado ao Instituto Médico Legal (IML), mas não havia médico. Entretanto, o ferimento cicatrizou rápido.

"Se eu estiver em um estado de loucura ou estar delirando, nós vamos saber porque eu nunca tive problema", contou.

Versão do policial

Delegado relembra que na época registrou o caso como lesão corporal.

O PM Mello, que atendeu Célio naquela noite, por volta das 22h, recebeu o comunicado de agressão na rua Protássio de Camargo Sampaio.

No local, o rapaz estaria com um ferimento profundo no polegar e apavorado. Ao abordar Célio, o PM perguntou quantas pessoas tentaram assaltá-lo, mas o rapaz disse ser "um ser estranho".

O caso foi parar na delegacia. Quem estava de plantão era o delegado José Ordele Alves Lima Júnior. Todos voltaram ao terreno, com tamanho parecido com as dimensões de um campo de futebol, e sem iluminação.

A equipe apurou o local e verificou que não havia algo com o que Célio pudesse se cortar, ainda segundo o registro do PM. A vítima não parecia estar bêbada ou alcoolizada, afirmou o policial.

Ao G1, quase 22 anos depois, o delegado José Ordele lembra que atendeu o caso no plantão e registrou como lesão corporal.

"O rapaz me disse que tinha apanhado de um ET e coloquei isso no histórico do boletim de ocorrência."

Em entrevista à reportagem da época, a promotora Mara Silvia Gazzi contou que o caso seria arquivado no Fórum e afirmou ter acreditado na versão de Célio.

"Ele parece ser uma pessoa absolutamente normal, com uma coerência assustadora nas declarações dadas depois de meses. São muitas pessoas que viram discos voadores e confesso que já vi por uma vez. Tinham outras três pessoas presentes", relatou a promotora à reportagem, em 1998.

O evento curioso despertou a atenção de ufólogos não só da região, mas de todo o Brasil. Atualmente, o Grupo de Estudos e Pesquisas Ufológicas de Sorocaba (GEPUS), formado por especialistas no assunto, estuda o caso que continua um mistério.

Delegado não exitou em colocar no B.O que vítima levou surra de ET.

Fontes: G1, Jornal Cruzeiro do Sul e Folha de S.Paulo

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