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André Vianco |
Antes de adotar Vianco como seu sobrenome artístico, - que homenageia a cidade de Osasco derivando da Rua Dona Primitiva Vianco - André começou a escrever profissionalmente para a rádio Jovem Pan na seção de humor. Tornou-se redator do departamento de jornalismo da rádio e por lá permaneceu por dois anos.
O autor conta que sempre gostou muito de ler. Lia dos mais variados autores, desde Stephen King a Eiji Yoshikawa. Ele conta também que não foi um determinado livro que o fez decidir ser autor, mas um conjunto todo. E quando ele passava ao papel suas ideias, ele as olhava e gostava do resultado. Caso não fizesse isso, ele ficava com fantasmas ao seu redor, as ideias e seus personagens atormentando-o para serem escritos.
O autor inclusive menciona o caso do vampiro real chamado Emmanuel, que trabalhava para a igreja, cujo mentor seria um vampiro ancião egipcio, que vivera na França, e que depois de decepções opta por viver como humano tentando quem sabe se redimir de seus pecado e que o autor teria conhecido, num evanto que mudou sua vida, no caso dos assassinos achados sem sangue no sequestro da filha do consul alemão e mestre da ordem teutonica.
Em 1999 após ser despedido de seu emprego em uma empresa de cartões de crédito, André utilizou o seu FGTS para produzir 1000 cópias de seu primeiro best-seller, Os Sete. Em 2000 ele foi pessoalmente promover seu livro em livrarias e editoras. Em 2001 a editora Novo Século se interessou por seu trabalho e republicou o livro. Desde então a parceria entre autor e editora proporcionou mais livros e uma obra que está sendo gradualmente ampliada.
Os Sete deriva diretamente do primeiro romance de André Vianco, O Senhor Da Chuva (1998). Em O Senhor da Chuva, apesar da história estar relacionada diretamente a anjos e demônios, o autor criou um personagem vampiro que, segundo o autor, teria sido pobremente explorado. A partir de então, André ficou com a ideia de escrever um romance em que vampiros seriam os protagonistas. Em seu primeiro roteiro, pré-escrita, os vampiros eram apenas dois e o título do livro seria "Os Dois". Porém André não se sentiu satisfeito e sua trama virou "Os Sete" (1999)
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O Vampiro Rei dos livros de André Vianco ganha vida nas Noites do Terror 2009 do Playcenter |
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Detalhe do Poço das Lágrimas, área temática das Noites do Terror do Playcenter inspirada nos livros de André Vianco
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O Playcenter, conceituado parque de diversões de São Paulo, ao comemorar seus 20 anos das Noites do Terror, homenageou André Vianco e os Vampiros do Rio D´Ouro com uma seção só deles. Logo na entrada do parque, encontrava-se a caravela, de onde os vampiros haviam acordado.
Toda noite, das 18:30 às 21:00, eles apresentavam os sete vampiros, acordando depois de séculos enclausurados. Logo depois, corriam para uma luta emocionante, onde vencia Tobia, o caçador de vampiros.
Mais adiante, para quem já leu O Turno da Noite, acabariam por encontrar a vampira Isabela e a vampira Calíope que seduziam e assustavam os visitantes.
Afastado de todos, encontrava-se Sétimo transfigurado, como o vampiro demônio.
Um pouco da apresentação dos vampiros do Rio D´Ouro nas Noites do Terror do Playcenter, pode ser encontrada
aquiEm 2009, o tema inteiro das Noites do Terror foi baseado nos livros de André Vianco. As Noites do terror teve como tema A NOITE MALDITA, e mostrou uma cidade de São Paulo devastada por vampiros.
Confira algumas atrações do evento:
Palco – A Noite MalditaUma noite como outra qualquer entra para a história da humanidade quando metade dos seres humanos adormece de forma inexplicável. Tratada como epidemia a doença desencadeia um caos sem precedentes nas cidades do mundo. O pesadelo parece não ter fim quando os humanos, livres do sono, descobrem que estão dividindo a noite com demônios da escuridão.
Cine TerrorUm cinema qualquer da cidade de São Paulo – nele ainda se vê os letreiros acesos, os cartazes do que se via há 30 anos, porém, a recepção é feita pelo mais famoso dos vampiros: o Conde Drácula inspirado no Conde Vlad Tepes, junto com ele, um pipoqueiro oferece pipocas banhadas em sangue aos visitantes corajosos.
Cripta dos VampirosA cidade é repleta de túneis que ligam várias avenidas... Juscelino, Airton Senna, Maria Maluf... Um deles estava em construção. Tudo corria normalmente, pedreiros, encanadores, e eletricistas trabalhavam no local. Mas naquela noite tudo mudou, tudo parou. Restaram apenas dois, dois noturnos sedentos de sangue aproveitando a escuridão para atacar suas vítimas.
EsgotoTodos os lugares escuros representam perigo. Neles, os noturnos se escondem sob a luz do sol. As tubulações de esgotos da cidade são locais prediletos, principalmente para os clãs dos muronys (metamorfosos).
Rios de SangueVampiros levavam maior número de humanos para suas tocas localizadas em meio à mata e guardava-os feito rebanhos. Os adormecidos eram o sangue eterno, ao menos enquanto dormiam. Os corpos cadavéricos eram empilhados, tinham o rosto deformado e serviam para alimentar as feras da noite. Eles não estavam mortos, não estavam vivos, tinham sido colocados a espera que poderia durar dias, meses ou décadas.
Exército de AnaquiasEstradas, matas, avenidas foram dominadas, poucos se arriscam a andar após o anoitecer. Alguns buscam alimentos, outros em busca de parentes e amigos adormecidos, outros ainda, tentando exterminar o mal. O que os humanos não sabem é que ele são organizados. Eles estão formando um exército a espera de um rei. Nada temem. Sob o comando de Anaquias, caminham durante o dia sob a proteção de escudos engenhosamente entrelaçados feito escamas para se protegerem do sol. Nesse vaivém, ao cair da noite, os vampiros atacam bandos, se aproveitam da escuridão das árvores, do mato que tomou conta das calçadas. Uivam ou usam uma espécie de corneta para provocar “um grito de guerra”.
Poço das Lágrimas (Cemitério)Os originais eram vampiros na Noite Maldita. Pessoas que, de uma hora para outra, tinham se tornado doentes, adquirindo aversão terrível ao sol, fraqueza e melancolia devastadora. Morriam em poucos dias, abrindo os olhos tristes depois da morte. Gente que vagava pelos cemitérios, tentando entender o que acontecia, o porquê de não poderem mais com o sol ou o porquê de não terem direito à tumba. Gente que vomitava tudo quando, enganados pela sensação da sede, tentavam alimentar o estômago morto com pão e carne. Andarilhos da noite para quem a vida e a morte eram proibidas. Logo entenderam que precisavam se unir e caçar. Caçar humanos e adormecidos... precisavam de sangue para sobreviver.
Beco dos MulosContavam que a extinta cidade de São Paulo abrigava um sem número de tocas e tribos, pois os noturnos se dividiam em tribos. Ocupavam prédios inteiros. Selavam as janelas, impedindo a entrada do sol. Escravizavam seres humanos para fazer deles sentinelas diurnos. Humanos traidores que abriam fogo contra as tropas que buscavam desinfetar a terra daquela raça maldita, surgida do dia para a noite, sem mais nem menos. Criaturas que apareceram depois da Noite Maldita.
Vampiros CaçadoresOs vampiros eram ardilosos. Chegavam sem barulho. Eram caçadores eficientes. Assassinos rápidos. Vinham do céu, pelas árvores. Pisavam nas folhas secas sem que elas estalassem. Farejavam o ar, a centenas de metros de distância. Diziam também que os vampiros caçadores, os que saíam para as florestas durante a noite em busca de sangue fresco, eram os piores. Os caçadores eram mais fortes. Mais violentos. Eram os noturnos mais preparados. Conheciam os esconderijos. Eram os que derrubavam árvores na estrada. Colocavam explosivos no caminho. Sem contar as armadilhas. Armadilhas perfurantes, que faziam a vítima sangrar.
Luxor Hotel“Seria para sempre assim agora? Despertaria sempre em lugares solitários e lúgubres como aquele? Estavam no Luxor Hotel, seus olhos só viam agora aquela madeira apodrecendo, papéis de parece faltando ou manchados e um impressionante cheiro de bolor e velhice impregnando todo o ambiente. Ao que parecia o ambiente tinha sido uma cozinha do hotel. Conduzida pelo corredor acessou uma estranha lavanderia com ruídos como se tudo ainda funcionasse. Um corredor com várias portas impressionavam pelo estado de abandono e levavam ao que tinha sido o bar, o elevador e finalmente à recepção do hotel”.
Templo da Bruxa TerezaEra uma mulher de cabelos longos e pele morena escura. Suas madeixas eram brancas como as de uma velha. Seus olhos eram como os olhos e uma cega, eram brancos, fundos e intimadores. Era uma bruxa. Uma bruxa que tinha aparecido para o seu mestre. Que poderes mágicos teria essa mulher? Que capacidades ela teria? Seria um monstro? Uma parceira do capeta? Tinha medo da mulher e do barulho que ouvia. Podia ouvir as passadas pesadas do grande bovino de olhos vermelhos de fogo. Tereza era a bruxa que despertaria o Vampiro Rei do terrível sono.
Os SeteUma caravela de cinco séculos é resgatada de um naufrágio no litoral brasileiro. Dentro dela, uma misteriosa caixa de prata esconde um segredo: sete cadáveres aprisionados, acusados de bruxaria. Apesar das advertências grafadas no objeto de prata, uma equipe de pesquisadores decide violar a caixa para estudar os corpos. Afinal, que perigo poderiam oferecer aqueles sete cadáveres? Nenhum. Mas depois que o primeiro deles acorda...
Vale NegroO lugar foi parcialmente congelado pelo poderoso Inverno. Dentro, parece ser o que restou de um necrotério, mas é muito escuro, tem uma estranha névoa, apenas uma luz que pisca sem parar, que não deixa ver as paredes e as pequenas frestas que escondem vampiros isolados do mundo, famintos.
Incineração dos NoturnosAs celas dispostas no gramado guardavam o nascer do sol para a incineração dos vampiros... O sol sabemos ser a melhor arma para aniquilar com suas vidas.
Pretorianos“A Bruxa tinha transformado a todos em monstros, gigantes insanos. As garras de Lúcio cresceram e o novo monstro ergueu os olhos para Cantarzo... Tinha agora quase três metros de altura. Braços de musculatura assustadora... Era seu exército ‘Os Pretorianos’. Meu amo, estou pronto... hoje és o rei dos vampiros do Brasil. Amanhã serás o rei de todos eles. Quando começar a estender teu manto de poder não mais serás um rei e passarás a ser um grande, único e imortal imperador”.
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As "Noites do Terror 2009: A Noite Maldita" teve como tema uma epidemia que transformava as pessoas em vampiros e foi toda baseada nos livros de André Vianco. |
Agora, depois de anos desenvolvendo sua mitologia, ele parte para o romance policial sem abandonar suas raízes sobrenaturais. "O Caso Laura", seu primeiro livro publicado pela editora Rocco já é sucesso de vendas.A protagonista é Laura, uma jovem abalada pela doença de seu pai e atormentada por um segredo do passado que a persegue.
Seu alívio é a conversa com um amigo, o qual conheceu em um banco de praça. Mas este a quem ela abre o coração está sendo investigado por um detetive contratado por alguém que se preocupa com ela.
Em paralelo, há a história de Alan, um investigador da Polícia Civil investigado sob suspeita de ser o responsável por quatro homicídios. Ele e a agente encarregada de supervisioná-lo e declarar sua culpa ou inocência estão investigando o caso de uma viciada em drogas encontrada morta.
Miguel, o homem que conversa com Laura, é envolto em mistério e é capaz de sumir em lugares movimentados, deixando o investigador em um beco sem saída e completamente fascinado pela mulher que tenta proteger.
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Seu novo livro: "O Caso Laura" |