O suposto aparecimento do ET de Varginha (MG) comemora 18 anos nesta segunda-feira (20), na cidade diversos eventos acontecem hoje para comemorar o aniversário do misterioso incidente. O incidente de Varginha ou ET de Varginha é como ficou conhecido pela imprensa brasileira uma possível aparição de objetos voadores não identificados (neste caso, naves espaciais, ou discos voadores de uma civilização extraterrestre) e a captura de criaturas extraterrestres de alto nível de civilização pelas autoridades brasileiras no dia 20 de janeiro de 1996, na cidade de Varginha, sul de Minas Gerais. Segundo uma testemunha, as autoridades brasileiras já sabiam antecipadamente através da NORAD (Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte) que um Ovni iria invadir o espaço aéreo brasileiro (nove dias antes do incidente de Varginha) e que sobrevoaria a região do sudeste de Minas Gerais. Os programas de televisão foram montados com base nas entrevistas locais pelos jornalistas e não apresentaram provas físicas. A transmissão pelos programas de televisão fez a cidade de Varginha famosa, como a “Terra do ET”, e vem trazendo um número elevado de turistas interessados em ufologia.
À época, os programas de televisão e a mídia impressa trataram do assunto com extremo sensacionalismo, o que atrapalhou a investigação de grupos de ufologia, como a MUFON. As testemunhas davam relatos controversos enquanto, por causa da aparição na mídia, pessoas inventavam avistamentos, o que atrapalhava cada vez mais a investigação.
Originalmente, as irmãs Liliane e Valquíria Silva, além da amiga de ambas, Kátia Xavier, alegaram que ao passarem por um terreno baldio, viram uma das tais criaturas, que teria pele marrom, viscosa, olhos enormes de cor vermelha e três protuberâncias – como chifres – na parte superior da cabeça, que era bastante volumosa, além de um forte odor fétido semelhante a amônia. As três garotas, visivelmente abaladas emocionalmente, reafirmaram este relato diversas vezes, chegando a mãe das duas irmãs a afirmar, algum tempo depois, ter a sua família sido submetida a uma tentativa de suborno de um agente que não se identificou, para que não mais levassem a história adiante.
A mídia informou que várias testemunhas afirmam que no mesmo dia em que as três meninas teriam visto a tal criatura, também notaram uma movimentação anormal de patrulhas da polícia, veículos do Exército e do Corpo de Bombeiros pela cidade. Um casal de testemunhas que também não tinham qualquer tipo de ligação com as primeiras também afirmaram terem visto um Ovni esfumaçado, e uma testemunha afirmou ter presenciado até a queda de um disco voador e a seus destroços sendo recolhidos por militares, em outros locais na mesma região de Varginha.
Conforme os programas de televisão da época, que exploraram o caso nauseamente, a criatura extraterrestre possuía algumas das seguintes características: (1) Cabeça grande e careca; (2) Olhos enormes, vermelhos e sem pupilas; (3) Língua preta, estreita e comprida; (4) Três saliências no alto da cabeça parecidas com chifres; (5) Pele marrom ou castanho e escura, coberta por uma oleosidade brilhante; (6) Veias muito salientes e vermelhas no rosto, ombro e braços; (7) Três dedos nas mãos e pés grandes com dois dedos e sem unhas; (8) Aproximadamente 1m60 de altura; (9) Produzia um som parecido com um zumbido de abelha; (10) Exalava um estranho odor parecido com amônia. Essas características correspondem àquelas dos chamados grays, um tipo famoso do extraterrestre comentado pelos ufólogos americanos.
Nada de anormal para as autoridades...
Após o incidente de Varginha, surgiram muitas páginas na internet que vêm divulgando informações exageradas e sensacionalistas com ilustrações e fotos que não estão relacionadas diretamente com o referido caso brasileiro. Isso, de acordo com a MUFON, faz com que as investigações mais sérias sejam atrapalhadas gravemente porque conta com testemunhas erradas e provas falsificadas, demandando mais tempo em um círculo vicioso.
Por outro lado as autoridades, como o Corpo de Bombeiros e Polícia Militar do local, negam constantemente as informações paranormais transmitidas pelas emissoras de TV, apesar do relato de uma suposta morte não explicada de um dos militares envolvidos na operação. As autoridades também negam o fato de no dia do aparecimento do ET, estarem rodando pela cidade sem um motivo aparente. O incidente foi pesquisado cientificamente pela Universidade de São Paulo como uma parte de uma dissertação de mestrado de Sociologia.
A referida dissertação concluiu que a visita do ET à Varginha não pode ser acreditada como uma ocorrência real devido à ausência de provas físicas. O incidente inspirou a novela de ficção “E a Terra parou novamente”, do escritor e jornalista Jorge Fernando dos Santos, que chegou a investigar a ocorrência. A história virou uma lenda urbana e hoje é considerada como uma história folclórica com o nome “ET de Varginha”. Ou seja, caiu totalmente em descrédito.
Já uma investigação realizada pelo Exército brasileiro, finalizada em 1997 e cujo resultado foi levado a público pela mídia em outubro de 2010, concluiu que o incidente não passaria de um mal entendido – o que é extremamente comum em relatos de avistamentos de Ovnis e “seres estranhos”; de acordo com a MUFON, 98% dos avistamentos e aparecimentos podem ser explicados como erros de identidade.
Luiz Antônio de Paula (conhecido como “Mudinho”) vivia com sua família em frente ao terreno do suposto avistamento. Este homem, portador de deficiência mental, é conhecido em Varginha e tem o hábito de ficar agachado coletando pequenos objetos do chão. De acordo com o inquérito da Polícia Militar e do Exército, a versão oficial é de que no dia do incidente, as testemunhas o avistaram agachado num canto do terreno, sujo de lama devido à chuva e entraram em pânico. As três jovens, portanto, teriam confundido “Mudinho” com uma “criatura alienígena”.
Posição científica em relação ao caso...
Embora agências científicas de renome mantenham entre suas pesquisas projetos específicos que visam identificar sinais ou mesmo a presença de civilizações extraterrestres em sistemas estelares que não o nosso – dada a plausibilidade, em vista do que já se sabe sobre a composição química, o comportamento físico-químico e a evolução do nosso e dos demais sistemas estelares, em muito similares, de os processos que levaram à evolução de seres inteligentes aqui na Terra se repetirem em outros locais do gigantesco universo que nos cerca – é consenso científico que a presença de tais seres extraterrestres aqui na Terra é extremamente improvável – para não dizer literalmente impossível.
Qualquer alegação de que há seres extraterrestres visitando o nosso planeta não encontra qualquer apoio científico dado em essência ao fato de que, ao menos com base na tecnologia e conhecimentos de hoje, ser fisicamente impossível, uma vez admitida a existência, o traslado desses seres até o nosso Sistema Solar. A primeira estrela mais próxima ao Sol é Alfa Centauri, e essa se situa a aproximadamente 4,2 anos-luz de distância da Terra. Ignorado o fato, já verificado, de lá não haver vida inteligente, se o nosso destino fosse, abordo do ônibus espacial, a estrela citada, um ser humano que viesse à luz já na nave tão logo essa partisse rumo ao seu destino morreria de velhice antes de completar sequer, sem rigor, a milésima parte da viagem. Há várias outras considerações que inviabilizam cientificamente a presença em nosso planeta de extraterrestres, fatos que elevam essa e demais histórias – ao menos com base no que se tem por cientificamente conhecido até hoje – no máximo no patamar das histórias de ficção científica.
Mistérios e mais mistérios...
Às 08:00hs da manhã do dia 20 de janeiro de 1996, o corpo de bombeiros de Varginha, em Minas Gerais, recebia uma chamada telefônica anônima. A pessoa pedia aos bombeiros que investigassem uma estranha criatura vista em um parque no norte do distrito Jardim Andere. Duas horas depois, os bombeiros chegavam ao Jardim Andere para fazerem a busca no parque. Como esperavam encontrar um animal selvagem, levaram equipamentos apropriados como jaulas e redes.
Segundo os jornalistas, que entrevistaram várias testemunhas oculares, os bombeiros subiram por uma encosta íngreme até as áreas mais arborizadas do parque, onde ficaram estupefatos diante de uma extraordinária visão.
Diante deles murmurava um bípede de um metro e meio de altura, com olhos vermelhos e pele oleosa e marrom. As testemunhas disseram que a criatura possuía 3 protuberâncias na testa e uma pequena abertura em seu rosto parecida com à uma boca. Disseram também que produzia um estranho som semelhante ao zumbido de abelhas e parecia estar ferida.
Enquanto os bombeiros capturavam a criatura o chefe do grupo entrou em contato com a base militar, que fica perto do local. O comandante da base, o general Sérgio Coelho Lima, rapidamente enviou as suas tropas para isolarem o parque. Um homem, o operário de construção Henrique José, testemunhou todo o incidente do terraço de uma casa vizinha ao parque e mais tarde, contou aos investigadores que quatro bombeiros encurralaram a criatura com suas redes, aprisionaram-na em uma caixa de madeira e depois a entregaram aos militares. Se o general Lima ficou satisfeito com a eficiência da operação, muito em breve ficaria decepcionado. Mais tarde, no mesmo dia, o pesquisador de OVNIs Ubirajara Franco Rodrigues, que desconhecia o primeiro incidente, foi informado de uma outra estranha ocorrência.
Uma série de chamadas telefônicas levaram Rodrigues a entrevistar 3 meninas que diziam ter visto, por volta das 15:00hs, uma criatura encolhida perto de um prédio do Jardim Andere (perto do local onde a primeira criatura foi capturada). As meninas disseram a Ubirajara que a criatura tinha 3 protuberâncias na testa e que se parecia "com o demônio". Depois do encontro correram aterrorizadas para casa e contaram o que ocorrera à mãe de duas delas. Enquanto isso, os bombeiros e militares tinham sido avisados pelos assustados vizinhos sobre a Segunda criatura, que como a outra, parecia ferida. A rua ficou cheia de uma multidão que viu como os bombeiros e militares capturaram o ser para logo desaparecerem.
Foi apenas uma questão de tempo para que os caminhos de Ubirajara e Pacaccini, um colega ufólogo, se cruzassem. Pacaccini estava investigando os acontecimentos da manhã do dia 20 sem saber do segundo incidente. Os dois ufólogos logo perceberam que estavam investigando dois casos distintos. Unindo forças, lançaram uma campanha solicitando entrevistas com mais testemunhas.
Os boatos sobre a captura de dois extraterrestres difundiram-se muito rápido e foram notícia em diversas revista do país. Os ufólogos do Brasil inteiro foram à Varginha para averiguar com exatidão o que tinha acontecido. Foram feitas reuniões, a imprensa local foi notificada e em seguida mais de sessenta testemunhas puseram-se em contato com os pesquisadores.
Diferente de grande maioria dos casos de OVNIs, várias dessas testemunhas eram militares. Muitas famílias de Varginha têm parentes que servem nas forças armadas e muitos deles comentaram sobre o incidente do dia 20 de janeiro nas suas casas. As testemunhas informaram aos pesquisadores que o irmão ou marido de alguém tinha sido testemunha ou tinha intervindo em um dos casos. Forneceram-lhes seus nomes e funções e os pesquisadores não tardaram em procurá-los.
Não havia dúvidas de que os incidentes ocorreram no dia 20 de janeiro no distrito de Jardim Andere, porém, os pesquisadores desejavam saber o que tinha acontecido depois disso. À medida que as testemunhas prestavam seus depoimentos, um quadro mais claro ia surgindo.
Aparentemente, a primeira criatura capturada no Sábado de manhã, foi levada para a Escola de Sargentos de Três Corações, ao sudeste de Varginha. Contudo, nenhuma das autoridades que intervinham no caso revelaram o que ocorreu depois. Sabe-se apenas que um policial que esteve presente no incidente do Sábado de manhã tinha sido ferido pela criatura.
(*) Dois dias depois, o policial morria no hospital local. Oficialmente a casa da sua morte foi pneumonia, porém, quando a sua família pediu mais informações, as autoridades médicas negaram-se a fornecê-las.
Pacaccini e Ubirajara averiguaram que a segunda criatura fora internada no hospital regional de Varginha na últimas horas da tarde.
No mesmo dia ou manhã seguinte, a criatura, que como a outra estava ferida, era transferida para o hospital Humanitas de Varginha, situado a 1,5km de distância do outro hospital. O Humanitas, segundo fontes médicas, teria mais recursos para tratar de seus ferimentos.
Testemunhas do hospital Humanitas disseram que a criatura não resistiu e que foi declarada morta às 18:00hs daquela tarde do dia 22 de janeiro. Logo em seguida, pelo menos 15 médicos, vários oficiais militares, policiais e bombeiros entraram no quarto onde jazia a criatura em um ataúde de madeira. Parece que um dos médicos introduziu uma pinça cirúrgica dentro da diminuta boca da criatura e retirou lentamente uma língua branca. Em seguida, ao abrir a pinça, a língua retraiu-se de imediato.
As mesmas testemunhas também disseram que a criatura tinha 3 dedos e, novamente, 3 protuberâncias na testa. Não possuía órgãos sexuais, mamilos e umbigo. Parecia ter articulações nas pernas, que estavam feridas e enrugadas e sua pele coincidia com as primeiras descrições: de cor marrom e textura oleosa.
Em seguida, a tampa do ataúde foi aparafusada e dois militares com máscaras e luvas envolveram-no em um invólucro de plástico negro antes de guardá-lo em um caminhão estacionado do lado de fora. Bem cedo na manhã, um comboio de caminhões militares saiu de Varginha. Acredita-se que a criatura tenha sido transportada para a Unicamp, a 320km ao sul de Varinha.
Durante suas investigações, Pacaccini entrevistara um operador de radar do exército aéreo brasileiro. Esse operador revelou que os EUA entraram em contato com o exército brasileiro e avisaram que estavam seguindo o rastro de um OVNI que entrava no espaço aéreo brasileiro. O alerta chegou completo, com as coordenadas de longitude e latitude, porém, os norte-americanos, não puderam dizer se o OVNI aterrissaria sem se acidentar.
Pacaccini também averiguou que em Varginha haviam ocorrido várias aparições nos dias anteriores aos incidentes. O fazendeiro Eurico de Freitas contou como ele e sua esposa tinham saltado da cama ao ouvirem seus animais assustados. Olhando pela janela de seu quarto viram um objeto de cor cinza que emitia "uma espécie de fumaça" e movia-se silenciosamente sobre os campos a cerca de 5m do chão. Depois, desapareceu na escuridão.
Fala-se também que o general Sérgio Coelho Lima emitiu uma ordem proibindo os militares de falarem ou entrarem em contato com qualquer ufólogo brasileiro. Porém essas medidas não impedirão que os outros detalhes chegassem aos pesquisadores.
Essa informação sugere que há envolvimento do governo ou do exército dos EUA no caso. Acredita-se que um norte-americano esteve presente na manhã do dia 20 de janeiro, quando a criatura foi capturada. Na última hora daquele dia, um avião de transporte C-5 ou C-17 da USAF foi visto no aeroporto de São Paulo. Dois dias depois, no aeroporto de Campinas, perto da Universidade, para onde supõe-se que a Segunda criatura tenha sido levada, o mesmo avião apareceu. As duas criaturas, uma morta e outra viva, teriam sido levadas para os EUA?
Existem mais evidências do envolvimento dos EUA. Em abril de 1996, Luíza Silva, mãe de duas das meninas que viram a Segunda criatura, disse que 4 estrangeiros a visitaram em sua casa. Os homens, ofereceram-lhe uma "grande soma" para que convencesse suas filhas a mentirem sobre o episódio. Quando a Sra. Silva se negou a fazê-lo, os homens prometeram voltar e forma embora em um Lincoln azul de 1994.
Novos acontecimentos indicam que no acidente havia uma terceira criatura. Em fevereiro de 1996, quando um motorista fazia uma curva na estrada, os faróis de seu furgão iluminaram uma estranha criatura a 50m de distância. Quando o assustado motorista freou, viu que a criatura levantava a mão para proteger os olhos, "de cor vermelho-sangue", da luz para depois se perder no meio da noite. O motorista disse também que o ser tinha 3 ou 4 dedos em cada mão.
Não há dúvidas de que algo extraordinário aconteceu no dia 20 de janeiro de 1996, porém muitas perguntas ainda continuam sem resposta.
O jornalista Goulart de Andrade em uma extensa e profunda reportagem sôbre o Caso Varginha, exibida em 01/06/1996 na Rede Manchete - programa Comando da Madrugada:
Efeitos sociais e econômicos...
Por outro lado, o incidente de Varginha trouxe efeitos sócio-econômicos à referida cidade. Os bonecos na forma de “gray” com o uniforme de famosos times de futebol estão à venda nos camelôs. Graças à transmissão da televisão, muitos turistas visitam a “Terra do ET”.
Foram construídos pontos de ônibus em formatos de naves espaciais e uma enorme caixa d’água no centro no formato de um Disco Voador, também existem várias estátuas de seres extraterrestres espalhadas pela cidade. O desenho de “gray” aparece eventualmente nas ilustrações de campanhas de vacinação, segurança do trânsito, etc. além da promoção de turismo.