Um mistério assombra e divide a arqueologia brasileira: a pedra da Gávea na cidade do Rio de Janeiro. Uma corrente vê nela uma esfinge perfeita, cuja fisionomia durante o dia é a de um jovem, e ao entardecer é a de um velho enrugado e triste. Outra corrente não admite estas interpretações e vê em tudo apenas uma coincidência muito grande. Mas uma coisa ninguém ainda conseguiu explicar suficientemente: são as inscrições talhadas na pedra".
Sua parte superior tem a forma de uma gávea, muito comum nas antigas caravelas. Devido à essa semelhança, a pedra foi batizada pelos portugueses como "Pedra da Gávea".
Um observador mais atento notará que esta parte superior da pedra, vista do Leblon, se assemelha a um sarcófago egípcio.
O batismo dessa montanha rochosa como Pedra da Gávea remonta à épica expedição do capitão português Gaspar de Lemos, iniciada em 1501, de que participou igualmente Américo Vespúcio, e na qual também o Rio de Janeiro recebeu sua denominação.
Foi a primeira montanha carioca a ser batizada com um nome em português, após ter sido avistada, no primeiro dia de janeiro de 1502 pelos seus marujos, que reconheceram em sua silhueta o formato de um cesto de gávea, dando origem ao termo usado para toda a região da Gávea Pequena e para o atual bairro da Gávea.
No alto de uma montanha costeira, existe o que muitos acreditam ser inscrições antigas, que remetem a uma língua muito antiga. O formato estranho da montanha levou muitas pessoas a compará-la com a Esfinge de Gizé, no Egito. As inscrições aliadas a esse formato nada convencional da rocha fluminense são o ponto de partida para muitas teorias a respeito da possível presença de fenícios no Brasil, muito antes da chegada dos portugueses.
Já os céticos acreditam que o formato da rocha e as tais inscrições, são resultado da erosão. Essa alegação é muito comum nesse tipo de situação: rochas com formatos estranhos e que sugerem que tenham sido beneficiadas por grupos humanos antigos.
A teoria de uma tumba fenícia
Pedro Lacaz do Amaral, um experiente guia e alpinista do Live to Climb, que escalou a rocha várias vezes, acredita que a rocha seria o lugar do enterro de um rei fenício. Essa é a teoria mais aceita entre aqueles que acreditam que o formato da montanha tenha sido moldada por mãos humanas. Essa lenda é bastante conhecida entre os brasileiros, e já foi abordada por diversas revistas e jornais.
Primeiras Explorações
Tudo começa no século XIX. Alguns “sinais” do lado da pedra teriam chamado à atenção do imperador D. Pedro I, embora seu pai, D. João VI, então Rei de Portugal, já houvesse recebido um relatório de um padre dizendo-lhe sobre as marcas estranhas, que datariam de antes de 1500, de quando o Brasil foi “descoberto”. Em 1839 uma pesquisa oficial foi feita, e em 23 de março, em sua oitava seção extraordinária, o Instituto Geográfico e Histórico do Brasil decidiu que a Pedra da Gávea deveria ser minuciosamente analisada e ordenou então o estudo das inscrições do local.
Uma pequena comissão foi formada para estudar a rocha, porém cerca de 130 anos depois, O Globo questionou tal comissão, perguntando se eles realmente escalaram a rocha ou simplesmente estudaram-na usando binóculos. O relatório dado pelo grupo de pesquisa diz que eles “viram as inscrições e também algumas depressões feitas pela natureza”. No entanto, ninguém que vê essas marcas de perto vai concordar que algum tipo de fenômeno natural poderia ter causado a aparição dessas inscrições na rocha bruta.
Após o primeiro relatório, ninguém falou sobre a Pedra da Gávea novamente e oficialmente até 1931, porém a lenda de que o local era algo mais do que uma formação rochosa natural já havia se difundido bastante, tanto entre os habitantes da cidade, como entre alguns pesquisadores e exploradores. Em 1931 um grupo de excursionistas formou uma expedição para procurar o suposto túmulo do rei fenício. Acredita-se que a pedra da Gávea seja o local de descanso construído para o rei fenício. Algumas escavações foram feitas, porém nenhum resultado pode ser registrado.
Em 1933 um clube de alpinistas do Rio de Janeiro organizou uma grande expedição. Essa empreitada contava com 85 alpinistas, e contou com a participação do Professor Alfredo dos Anjos, um historiador que deu uma palestra “in loco” sobre a “Cabeça do Imperador” e as suas possíveis origens.
Em 20 de janeiro de 1937 aquele mesmo clube organizou outra expedição, desta vez com um maior número de participantes, com o objetivo de explorar a face e os olhos. Eles explorariam a cabeça de cima para baixo, usando cordas. Essa foi a primeira vez que alguém visitou aquela parte da rocha.
Em 1946, de acordo com um artigo escrito em 1956, o Centro de Excursionistas Brasileiros conquistaram a orelha direita da cabeça, que está localizada em uma inclinação de 80 graus do solo e em um lugar muito difícil de alcançar. Qualquer contratempo resultaria em uma queda de 20 metros. Esta primeira escalada do lado ocidental, embora quase vertical, foi feita virtualmente “à unha”. Há, na orelha direita, foi encontrada a entrada de uma gruta, que leva a uma caverna longa e muito estreita. O comprimento desse espaço se assemelha à largura necessária para percorrer a “cabeça” de “orelha a orelha”.
Em 1972, escaladores da “Equipe Neblina” escalaram o “Paredão do Escaravelho”, a parede do lado leste da cabeça, e cruzou com as inscrições supostamente fenícias, que ficam há cerca de 30 metros abaixo do topo da cabeça.
Em 1963 um arqueólogo e professor chamado Bernardo A. Silva Ramos deduziu que as inscrições formariam a seguinte frase: “LAABHTEJ BAR RIZDAB NAISINEOF RUZT”.
Se os caracteres forem lidos ao contrário, ou seja, da direita para à esquerda (assim como no árabe, sânscrito e no hebreu atual se lê da direita para à esquerda), a frase formada seria: “TZUR FOENISIAN BADZIR RAB JETHBAAL”, que traduzido significa: Tiro Fenícia Badezir Primogênito de Jethbaal.
Nos dias de hoje sabe-se, através de documentos oficiais, que em torno de 856 antes de Cristo, Badezir teria subido ao trono em Tiro, Fenícia, hoje território do Líbano.
Arqueólogos mais céticos e precavidos apontam que existe uma série enorme de problemas com as “inscrições”; a primeira é que os fenícios não se referiam a si mesmos como “fenícios”, uma vez que este é um termo grego para se referir a eles. Outro fato é que, como se sabe, a travessia do Oceano Atlântico iria muito além das habilidades navais fenícias, que sempre viajaram perto das margens.
Descobertas no Fundo do Mar
Robert Frank Marx, um arqueólogo americano interessado em descobrir indícios de navegação pré-colombiana no Brasil. Ele iniciou uma série de mergulhos na baía da Guanabara à procura de restos de barcos antigos.
Sobre esta pesquisa do Arqueólogo, Robert F. Marx, O Jornal "O Globo" publicou em 23 de setembro de 1982, a seguinte nota:
“Buscando provas da navegação pré-colombiana no Brasil, e sugerindo que um navio fenício pode ter naufragado na baía de Guanabara, o arqueólogo americano Robert Frank Marx iniciou uma série de mergulhos na referida baía, para tentar descobrir embarcações fenícias naufragadas e provar, assim, que o Brasil e sua costa foram visitados em um passado muito remoto, pelos barcos dessa civilização semita do Oriente Médio, os fenícios de Tiro e Sidon.”
“Durante a expedição submarina, não foi encontrado nenhum navio afundado, mas descobriu algo muito interessante: ânforas (vasos) e outras peças fenícias!”
“O caso da descoberta dessas ânforas fenícias no leito da baía de Guanabara sempre foi tratado com o maior sigilo e sua descoberta foi revelada somente em 1978, com vagas informações.”
“O nome do mergulhador que encontrou as três ânforas, junto com outras 12 peças arqueológicas, foi revelado, após a conferência do Museu da Marinha, pelo presidente da Associação Profissional de Atividades Subaquáticas, Raul Cerqueira. Trata-se do mergulhador José Roberto Teixeira, membro da associação que ficou com uma ânfora e entregou as outras à Marinha.”
O cabo José Tadeu Cabral, que tem mestrado em Arqueologia Pré-Histórica e trabalha no Museu da Marinha, disse que as peças, com capacidade para 36 litros, estão guardadas pelo Governo brasileiro, em um local sigiloso.
Professor Claro Calazans Rodrigues e professor Ondemar Dias apresentando as ânforas gregas descobertas na Baía da Guanabara em 1975 Revista Manchete - fev, 1978 |
Abaixo listamos alguns tópicos que mostram mais alguns fatos que levaram à muitas histórias sobre a rocha:
A aparência da grande cabeça com os dois olhos (não muito profundos e sem comunicação entre eles) e as orelhas, e o local de um nariz;
As pedras enormes no topo da cabeça que se assemelham a uma espécie de coroa ou adorno;
Uma cavidade enorme na forma de um portal no norte-leste parte da cabeça que é de 15 metros de altura, 7 metros de largura e 2 metros de profundidade;
Um observatório na parte Sudeste como um dólmen, contendo algumas gravuras;
Um ponto culminante como uma pequena pirâmide feita de um único bloco de pedra no topo da cabeça;
As famosas e controversas inscrições no lado da rocha;
Algumas outras inscrições pequenas se assemelham a cobras, raios de sol e etc, localizados em todo o topo da montanha;
O local de um suposto nariz, que teria caído há muito tempo.
Roldão Pires Brandão, presidente da Associação Brasileira de Espeleologia e Pesquisa Arqueológica no Rio, e um dos muitos fãs da Pedra declarou:
“É uma esfinge gravada em granito pelos fenícios, que tem a cara de um homem e o corpo de um animal deitado. A cauda deve ter caído por causa da ação do tempo. A rocha, vista de longe, tem a grandeza dos monumentos faraônicos e reproduz, em um de seus lados, a face severa de um patriarca”.
Referência tibetana sobre o reino subterrâneo do Agartha no qual estaria localizada a cidade sagrada de Shambalah |
Teoria sobre Shambalah
Shambalah seria a capital de Agharta, um vasto império subterrâneo que, de acordo com seus adeptos, teria milhões de habitantes em várias cidades subterrâneas espalhadas pelo planeta.
Alguns adeptos sustentam que este mundo subterrâneo tem compartimentos secretos dentro da base da pirâmide na Planície de GIZÉ, nas grandes pirâmides, notadamente naquela atribuída a sua construção à Quéops.
De acordo com as mesmas pessoas, há três entradas para Agharta localizadas no Brasil: Sete Cidades do Piauí, Serra do Roncadore outra na Pedra da Gávea (RJ), a qual teria um "portal" para acessar o mundo de Agharta.
Na Pedra da Gávea pode-se observar uma formação rochosa que é considerada por muitos como sendo o portal para Agharta. Por mais que essa especulação a respeito do portal seja um tanto absurda para algumas pessoas, vale a pena observar a grande semelhança entre esse portal da Pedra da Gávea, com o misterioso portal de Amaru Muru, localizado no Peru, que segundo muitas pessoas, seria um portal para outra dimensão.
A Escadaria ascendente
Segundo um fato acontecido, existiria uma gruta tipo sifão na parte onde o maciço rochoso toca o mar, com a parte abobadada acima do mar e com ventilação natural, onde se poderia encontrar uma escadaria, que segundo consta, levaria para cima e ao interior da Pedra.
O caso mais conhecido referente a esta escadaria é o de dois rapazes que faziam caça submarina e ao encontrarem a entrada para esta gruta, resolveram entrar. Decidiram então subir os degraus da escadaria, sendo que a última coisa de que se lembram é de terem perdido os sentidos. Quando acordaram, estavam no topo da pedra a 842 metros de altitude.
Mitologia persa
Segundo a mitologia sagrada da antiga cultura PERSA (hoje o Irã), há quatro estrelas guardiãs no céu sobre os pontos cardeais da Terra. Acredita-se que a Pedra da Gávea é protegida por elas. Aldebaran, na Constelação do Touro – Leste; Fomalhaut, na Constelação de Peixe austral – Sul; Regulus, na Constelação de Leão – Norte e Antares, na Constelação de Escorpião - Oeste.
Em 1937, dois cientistas foram submetidos à uma análise clínica depois de passar uma noite na pedra, onde eles juram ter visto uma estranha luz verde saindo das lacunas de todo o portal, de onde viram muitas estátuas humanas dentro.
Um fato curioso a respeito da rocha, diz respeito a quantidade morte registradas no local. A falta de precaução de muitos alpinistas é o principal fator para o grande índice de acidentes na Pedra da Gávea, mas algumas pessoas acreditam que essas mortes são parte de uma maldição que protegeria a tumba do rei fenício e os tesouros que estariam guardados dentro dela.
O Gigante Adormecido
A Cabeça e os pés do gigante são formados pela Pedra da Gávea (cabeça) e o Pão de Açúcar (pés). A Pedra Bonita, Corcovado, Morro Dois Irmãos, Lagoa Rodrigo de Freitas estão na composição do seu corpo e possuem as suas próprias estórias e rico lendário.
O perfil total de um Gigante Adormecido pode ser visto da Ilha Rasa, a "Ilha de onde se vê RA". Este perfil parece ter sido esculpido na cordilheira aproveitando-se a topografia local, que também dá mostras de ter recebido uma ajudazinha humana modificando um pouco a obra da Mãe Natureza.
São mais ou menos 20 km de comprimento onde se localizam sete bairros litorâneos do Rio de Janeiro: Barra da Tijuca, São Conrado, Leblon, Ipanema, Copacabana, Botafogo e Urca.
Os arqueólogos brasileiros contemporâneos, jamais se deram o trabalho de prosseguir os estudos deixados por seus colegas do século 19 a respeito da estranheza das esculturas localizadas nesta cordilheira. Setenta arqueólogos de quase dois séculos atrás morreram jurando que as formações bizarras não eram produto da erosão e se constituíam em trabalhos devidamente assinados pelas inscrições enigmáticas.
O pesquisador Eduardo B. Chaves, após enumerar uma grande quantidade de estranhezas ligadas ao complexo do Gigante Adormecido, conclui: "... é preciso alertar a quem de direito para o fato de uma civilização avançadíssima, talvez até extraterrestre, ter possivelmente estado no Brasil e nos haver deixado um monumento arqueológico de fazer inveja aos mais famosos do mundo".
Confira abaixo um comercial que uma marca de bebidas criou inspirado nessa lenda:
Luzes Misteriosas
No local também é visto com frequência luzes misteriosas e OVNIS, confira o vídeo abaixo feito em agosto de 2015:
No local também é visto com frequência luzes misteriosas e OVNIS, confira o vídeo abaixo feito em agosto de 2015:
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