Terror "Sobrenatural: A Origem" é trem fantasma no cinema

Sinopse

Em eventos anteriores aos apresentados em "Sobrenatural" e "Sobrenatural Capítulo 2", Sean Brenner (Dermot Mulroney) e a filha, Quinn (Stefanie Scott) são aterrorizados por entidades misteriosas. A especialista em fenômenos paranormais Elise Rainier (Lin Shaye) se envolve no caso e busca uma forma de livrar a família do demônio. O filme é focado em mostrar como Elise começou sua carreira no ramo do exorcismo.

Ficha Técnica

Lançamento no Brasil: 30 de julho de 2015 

Duração: 98 min

Dirigido por Leigh Whannell

Elenco: Dermot Mulroney, Stefanie Scott, Angus Sampson

Gênero: Terror

Nacionalidade: EUA, Canadá

Classificação Indicativa: 14 anos

Curiosidades

- Prelúdio da franquia Sobrenatural, iniciada em 2010.

- Leigh Whannell, roteirista dos dois primeiros filmes, substituiu James Wan na direção.

-O diretor dos últimos dois filmes da franquia Sobrenatural: James Wan, faz uma breve aparição como diretor de teatro na cena em que Quinn vai fazer a audição.

- O cachorro de Elise se chama Warren. Trata-se de uma homenagem aos investigadores paranormais Ed e Lorraine Warren. O casal serviu de inspiração para o filme Invocação do Mal, dirigido por James Wan.

- O caderno de anotações de Elise tem um boneco Billy, da série Jogos Mortais, desenhado.

- O local no qual Elise é atacada pela noiva de preto é a segunda casa da família Lambert no filme original.

Crítica

Entre o drama e a comédia, "Sobrenatural: A Origem" acaba sendo um trem fantasma no cinema

Antes dos acontecimentos ocorridos com a família Lambert (Sobrenatural 1 e 2), Elise tinha desistido de sua vida de paranormal, até que aparece Quinn, uma garota de 17 anos que acabou de perder a mãe batendo em sua porta, após uma certa relutância inicial ela revolve ajudar a garotinha a entrar em contato com a alma da sua mãe falecida. Com isso tem início a trama do capítulo 3 da franquia Sobrenatural, que passou a se chamar "Sobrenatural: A Origem" para não afastar os telespectadores que ainda não tenham assistido os dois últimos filmes da franquia de terror.

Com uma história simples e oferecendo aos telespectadores exagerada facilidade de compreensão da trama, Sobrenatural: A Origem tenta agradar dois públicos totalmente distintos ao mesmo tempo, aqueles que curtem um bom terror dramático e que estão no cinema por causa dos filmes de terror da franquia Sobrenatural e o público pipoca, ou seja, aqueles que não assistiram nenhum dos filmes da franquia e estão na sala apenas para levar sustos, dar risadas e se divertir com os amigos. 

O elenco não sai do lugar comum do que se espera em um típico filme de terror, a história serve apenas como pano de fundo para apresentar uma grande quantidade de cenas para assustar, assim como um trem fantasma de um parque de diversões o filme tenta a todo o momento subir o som e jogar algo na tela para tentar fazer o público pular da cadeira, algumas vezes funciona como na cena da janela, outras vezes não.

Com um assustador, bem elaborado e atormentado vilão, ótima fotografia e excelentes efeitos visuais, "Sobrenatural: A Origem" mostra que está lá apenas para mostrar o que é possível fazer com um orçamento bem maior. Destaque para o cenário do "Além" que é construído de forma perfeita e verossímil, sem cair no lugar comum dos efeitos visuais exagerados tão presentes nos filmes blockbusters do cinema hollywoodiano. 

Porém para a tristeza de quem esperava algo marcante, quando acaba o filme a sensação que fica é que vimos na tela um passeio incrivelmente rápido entre o drama e a comédia, separados apenas por um grande número de cenas de sustos, o ponto negativo disso é que assim como um trem fantasma o filme acaba sendo rapidamente esquecido. 

Cotação: ***(BOM)

Trailer



Bônus

Confira a pegadinha de "Sobrenatural: A Origem" feita em alguns cinemas da rede Cinemark: