Lendas urbanas de Bauru ganharam vida nas ruas da cidade durante o Halloween

segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Lendas urbanas de Bauru ganharam vida nas ruas da cidade durante o Halloween


As histórias sombrias de uma cidade nem sempre estão nos livros. São contadas boca a boca e tem, no seu enredo, personagens urbanos que ganham nomes, jeitos e desejos. São narrativas de crimes assustadores e vinganças. Esses são os ingredientes das lendas urbanas, que compõem o folclore da modernidade. Em Bauru - SP, elas foram lembradas na noite da última quinta-feira (31), Dia das Bruxas, na 1.ª Caminhada de Lendas Urbanas.

O ponto de partida do grupo não poderia ser diferente. Cerca de 250 pessoas se concentraram em frente ao portal do Cemitério da Saudade, às 19h, e saíram em cortejo para ouvir as lendas bauruenses. A comissão organizadora convidou as pessoas a participarem fantasiadas e o pedido foi muito bem atendido.

"Para o Dia das Bruxas, nós quisemos fazer diferente e trazer as histórias de Bauru. São fatos também assustadores que são contados por pessoas mais antigas. Queremos celebrar essas histórias de terror da nossa cidade", explica Fabiana Ferreira Rocha, chefe de Seção do Museu Histórico de Bauru. A caminhada foi realizada pela Secretaria Municipal de Cultura, por meio do Museu Histórico de Bauru, com apoio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Renda (Sedecon) e Encanto Fantasias.


Início

Quem abriu a caminhada em frente ao cemitério foi o "anfitrião" do local. Interpretada pelo ator Fábio Valério, a história do empresário João Henrique Dix foi a primeira lenda lembrada. No início do século passado, Dix foi o doador de toda a área para a construção do cemitério. Pouco antes da inauguração da necrópole, ele se matou com um tiro no coração em 1908. Segundo a lenda, teria deixado uma carta onde expressava a vontade de ser o primeiro a ser enterrado no local.


As Lendas

Comandada por "Dix", a caminhada percorreu ruas de Bauru até chegar à Estação Ferroviária, na praça Machado de Mello. Durante o percurso, os participantes eram surpreendidos pelos personagens das lendas municipais. Na região central, a história da "Noiva da Catedral" assombrou os participantes.

Outras lendas bauruenses também enriqueceram a caminhada, como a do "Assassinato de Azarias Leite", a "Honra Oriental" e o "Cemitério Indígena", na região do Teatro Municipal. Na Estação Ferroviária, as assombrações dominaram. Histórias de arrepiar sobre "A Freira da Estação", "O Homem da Capa Preta" e "O Menino da Marmita" tomaram conta do imaginário dos participantes.

Percurso da caminhada teve duração de 3 horas.

Fantasias

O operador de máquinas Aguinaldo da Silva aproveitou a caminhada de ontem para relembrar o Tio Chico, da Família Adams. "Eu sempre gostei de terror e esse momento é importante para as crianças conhecerem nossa própria história de terror", diz o operador.

Ao lado da filha Ana Beatriz, o eletricista Valnei Godoy demorou 3 horas e meia para se fantasiar de diabo. "Todo ano a gente participa de festa de Halloween. Nós adoramos o terror", conta. Para Beatriz, a caminhada é para aprender. "Não conheço nenhuma história de Bauru. Vou conhecer agora". 

Danilo Defelippo e a família não são de Bauru, mas quiseram aproveitar para conhecer mais sobre a cidade. "Somos de Ribeirão Preto e estamos aqui agora. Eu, minha esposa e minhas filhas pequenas adoramos terror e estamos participando dos eventos da cidade para nos integrar", diz Danilo.

No final, ainda houve premiação para as melhores fantasias dos participantes.


As informações são do Jcnet

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