Cam, novo terror da Netflix critica efemeridade do mundo virtual

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Cam, novo terror da Netflix critica efemeridade do mundo virtual


Sinopse

Alice (Madeline Brewer) é uma ambiciosa jovem que trabalha com pornografia de webcam. Quando sua conta é hackeada, uma misteriosa mulher idêntica a ela toma conta do seu canal, com a réplica exata dela mesma assumindo o seu lugar, ela se vê cada vez mais perdendo o controle sobre sua própria vida.


Ficha Técnica

Nome: Cam (Original)
País: EUA
Ano produção: 2018
Dirigido por Daniel Goldhaber
Elenco: Madeline Brewer, Patch Darragh, Melora Walters, Devin Druid, Imani Hakim, Michael Dempsey, Flora Diaz, Samantha Robinson, Jessica Parker Kennedy, Quei Tann.
Estreia: 16 de Novembro de 2018 (Mundial na Netflix) 
Duração: 94 minutos
Gênero: Terror Psicológico, Suspense
Classificação Indicativa: Não recomendado para menores de 16 anos


Curiosidades

- Lançado no Brasil diretamente no serviço de streaming da Netflix;

- Dos mesmos produtores de Corra! e Upgrade;

- Conseguiu 100% de aprovação nas Top Critics do site Rotten Tomatoes;

- O rei do terror Stephen King foi um dos que elogiaram o filme em suas redes sociais, tecendo elogios a atuação de Madeline Brewer;

- Sucesso nos festivais por onde passou, no World Premiere at the Fantasia Film, o filme venceu nas categorias "melhor roteiro" e "melhor primeiro filme";

- O filme teve um orçamento de apenas US$ 1 milhão.


Crítica


Confusão entre virtual e real

A Blumhouse Productions vem cada vez mais ganhando seu espaço no mundo do cinema. Fundada em 2000, a produtora tem foco no Suspense e no Terror. Grandes sucessos recentes dos gêneros só viraram realidade graças aos responsáveis pela empresa, em especial o fundador Jason Blum, que decidiram investir em algumas ideias novas. Atualmente, eles possuem no currículo mais de 185 filmes e séries e mais 24 produções em andamento.

Neste Cam, a bola da vez da Blumhouse, conhecemos Alice (Madeline Brewer de The Handmaid's Tale), uma jovem com uma família que a apoia. No entanto, ela esconde da família que trabalha com pornografia na internet, que é uma sex cam girl, sob o nome de código Lola, com a sua missão pessoal e bastante árdua de chegar ao Top 10 do site em que se encontra vinculada. A vida de Alice vira do avesso quando esta é bloqueada do site sem razão aparente. Como se tudo não bastasse, uma sósia exata de Alice toma o seu lugar. Então um grande suspense toma conta do filme e ficamos cada vez mais intrigados e assustados enquanto as descobertas vão ficando cada vez mais intrigantes.

O premiado roteiro escrito com bastante competência por Isa Mazzei parece saído de um episódio digno da série Black Mirror e levanta muitas perguntas deixando impossível não mergulharmos na trama logo de cara, mas não pense que será fácil chegar nas respostas, o roteiro dificulta bastante a revelação do mistério final. Madelene Brewer está ótima no papel e é o grande destaque desse filme, apresentando uma atuação bastante convincente. O elenco secundário também atua com bastante competência, embora não sejam tão explorados pelo roteiro.

Trazendo temas contemporâneos ao debate como cyberbullying, futilidades, efemeridade do mundo virtual, banalização do suicídio, roubo de identidade, busca pela fama a qualquer preço, entre outros, o encerramento da trama promete desagradar em cheio a geração Youtuber, o que não é necessariamente ruim. O final do filme é complexo demais para agradar a todos, porém eu achei simplesmente perfeito e mostra que o maior erro não é perder tudo aquilo que conquistou e sim se perder naquilo que se tornou.

Cotação: **** (ótimo)


Trailer




Bônus

Ouça Galaxy da cantora Missy Modell, música feita exclusivamente para o filme:

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