Conheça os principais deuses da mitologia egípcia

sexta-feira, 9 de junho de 2017

Conheça os principais deuses da mitologia egípcia


Uma das civilizações mais fascinantes sem dúvida foi a egípcia, foi nela que foram construídas as gigantescas Pirâmides de Guizé, atribuídas aos faraós, que governavam com poder absoluto e eram considerados legítimos representantes dos deuses na Terra.

Havia uma quantidade enorme de deuses, sendo inevitável às rivalidades entre eles e seus seguidores, existiam deuses cultuados em todo o Egito e outros apenas em algumas partes, confira abaixo alguns dos principais deuses da civilização egípcia.


Set

O deus do caos é o responsável pelas guerras e pela escuridão. Matou o irmão, Osíris, mas perdeu a supremacia do Egito para o sobrinho Hórus. Tem a forma do porco-formigueiro – animal raro da África.

Rá-Atum

Principal deus egípcio, Rá é o responsável pela criação do mundo e representa o Sol. Ele é descrito de diversas formas, desde com a face de uma ave de rapina até como um escaravelho. Os egípcios acreditavam que seu rei (o faraó) era a encarnação de Rá.


Ísis

Dona de poderes mágicos, protetora e piedosa, a irmã-esposa de Osíris era muito popular – foi a última divindade egípcia a ser adorada na Europa antes da chegada do cristianismo. O rio Nilo nasceu das lágrimas que ela derramou quando Osíris morreu.

Osíris

Descendente direto de Rá (o deus da criação), Osíris é o filho mais velho do casal Geb e Nut. Ele reinou sobre a Terra como o primeiro faraó do Egito. Isso até ser assassinado por seu irmão Set. A partir daí, Osíris virou o deus supremo e o juiz do mundo dos mortos.

Nephthys

No vale-tudo da mitologia, foi irmã-esposa de Set e de Osíris. Após a morte deste, separou-se de Set e se juntou a sua irmã Ísis em luto. É associada ao culto dos mortos e mostrada às vezes como uma mulher ao lado de sarcófagos.


Hórus

Filho de Osíris e Ísis, tem cabeça de falcão e é o protetor dos faraós e das famílias. Quando perdeu o pai, lutou contra Set pelo trono de principal deus do Egito. Após intervenção de Osíris, direto do “Além”, os demais deuses aclamaram Hórus como líder supremo.

Hathor

A esposa de Hórus é a deusa guardiã das mulheres (especialmente as grávidas) e protetora dos amantes. No Egito antigo, a vaca era considerada um animal gentil, por isso Hathor era representada com a cabeça ou as orelhas de uma vaca.

Anúbis

O deus com cabeça de chacal nasceu da união de Osíris e Nephthys. Foi ele quem criou a primeira múmia, ao preparar o corpo do pai assassinado. Tem papel importante na passagem para o mundo dos mortos.


Bastet

Ligada à fertilidade, é a deusa da sexualidade e do parto. Após o ano 1000 a.C., sua imagem ganhou a forma de gato – animal que para os egípcios traz boa sorte. É mais uma das filhas de Rá.

Sekhmeth

A poderosa deusa com cabeça de leoa é filha de Ra, mas reflete o aspecto destrutivo do Sol. Foi enviada por Rá para punir os humanos que passaram a adorar um deus em forma de serpente.

Thoth

Sua origem é polêmica: alguns textos o apresentam como filho de Rá, outros, como de Set. Com cabeça de uma ave – a íbis – é o deus da Lua, da sabedoria e da cura. É o patrono dos escribas e trouxe os hieróglifos ao Egito.


O Mito da Criação

Separação de deuses irmãos marca a origem do nosso mundo.


Nesta mitologia, como em muitas outras, o universo se originou de um ato divino a partir do nada, quando um ser primordial cria suas próprias características e, neste caso, dá origem a uma espécie de liquido cósmico que recebe o nome de Nun, que é o ser subjetivo. Quando Nun torna-se mais material e concreto, ele se torna Áton – o ser objetivo.

Um fato que dá muito que pensar é que Áton tem o poder de “tornar-se a si mesmo”, que segundo os egípcios é algo complicado para um humano, tanto que é considerado divino. Isso porque Áton pode se “transformar” em Rá – que é o sol da manhã – enquanto que o da tarde é o próprio Áton.

Rá, então, originou dois seres divinos: Tefnut – a deusa da água – e Shu – o deus do ar. A partir daí, Shu e Tefnut, deram origem a outros dois deuses: Nut – representada pelo céu – e Geb – o deus da terra. Shu acaba separando Nut e Geb, que antes estavam grudados, e isso dá forma ao céu, à terra e à atmosfera do jeito que conhecemos.

Mas antes de se separarem, os dois criaram mais quatro deuses: Osíris, Ísis, Seth e Néftis. Osíris cria a vida após a morte; Ísis toma conta de tudo que tem vida; Seth representa o mal em geral; e Néfitis o ato da morte e a orientação.


O Julgamento Final

Coração é pesado em balança, se for leve como uma pena a alma irá viver no paraíso ao lado dos deuses, se for pesado o destino é ser devorado por um deus.


Após ter o coração pesado, o morto era encaminhado para um julgamento final perante Osíris, que o questionava sobre diversas passagens da vida. Nessa conversa, Osíris podia até aliviar a barra de quem tivesse o coração “reprovado na balança”. Toda pessoa ao morrer era recebida pelo deus Anúbis. Ele tinha a missão de pesar o coração dos mortos em uma balança, uma espécie de avaliação de como a pessoa havia se comportado em vida.

Os aprovados viveriam para sempre em um paraíso similar à Terra na companhia dos deuses. Os reprovados eram devorados por Amnut, deusa representada pelos três animais mais temidos no Egito: ela tinha cabeça de crocodilo e corpo com partes de leão e de hipopótamo.

Durante a mumificação os faraós eram colocados nos sarcófagos com alguns objetos considerados mágicos, esses objetos os ajudariam durante a jornada no além, entre esses amuletos estava o Ankh, símbolo da ressurreição, ele ajudava a ressuscitar quem fosse morto na outra vida. Já o famoso Escaravelho, em formato de coração, era o símbolo da imortalidade da alma e da proteção, afastando os maus espíritos que poderiam atacar o morto durante sua jornada no além, e temos também o desejado Olho de Hórus que é considerado o amuleto mais poderoso, dando o poder para quem o possuir de ler a mente dos deuses.



Ilustrações: Revista Mundo Estranho

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