quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Folia de Monstros


Uma tradição carnavalesca preservada em Leme, no interior de São Paulo, conjuga monstros, palhaços e fantasias elaboradas, feitas com materiais reciclados, criatividade e consciência ecológica. O Carnaval rural também pode ser surrealista


Monstros dançam e palhaços espalham o terror no Carnaval de Leme


A tradição começou no início do século 20, com os primeiros imigrantes italianos e alemães que chegaram a Leme, cidade de 90 mil habitantes localizada 198 quilômetros a nordeste da capital paulista. Os colonos que iam para as grandes fazendas da região, como a Fazenda Cresciumal, fundada pelo Barão de Souza Queiroz no século 19, levavam na bagagem, além de muita vontade de trabalhar nas lavouras de café, parte de sua cultura, mitos e festas. Uma delas, a do carnaval de máscaras, inspirada nos seculares carnavais europeus, resistiu bravamente e ainda hoje é mantida pelos moradores da “colônia” de Cresciumal, como eram chamados os núcleos de casas dos trabalhadores nas antigas fazendas.


       
Embora não existam registros e documentos oficiais, sabe-se que o carnaval rural de Leme tem pelo menos 70 anos, quase ininterruptos, que já atravessaram quatro gerações. Uma das poucas interrupções da tradição aconteceu em 2006, quando parte da fazenda (a usina de açúcar Cresciumal) foi vendida a uma empresa francesa que demitiu inúmeros funcionários, entre eles os que moravam na casas da colônia e mantinham a tradição de confeccionar as fantasias.


Cinco anos depois, os moradores sentiram necessidade de retomar a antiga paixão e, assim, renasceu a peculiar folia dos monstros da Fazenda Cresciumal, que acontece no pátio da colônia, sempre aberta ao público, no último dia de Carnaval, na terça-feira. Em 2011, a festa foi realizada com força total, com a apresentação e o desfile de 52 máscaras. No passado não passavam de 40.

Os 70 anos do costume “abrasileiraram” tanto os moradores quanto a tradição das máscaras, que ganhou contornos distintos da festa trazida da Europa. As fantasias ganharam novos elementos e o Carnaval virou uma festa coreográfica de monstros e palhaços. A explicação da inusitada mistura é mais simples do que parece, afirma José Kilian, filho de alemães e italianos e participante da organização da folia há mais de 40 anos: “Inicialmente eram só máscaras de palhaço, mais tradicionais. Pouco a pouco, apareceram figuras de animais. E dos animais, surgiram os monstros”, conta o ex-morador da Fazenda Cresciumal.

Durante a festa, dois grupos de personagens – os palhaços e os monstros – têm funções diferentes e “invertidas”: aos monstros cabe dançar e cair na folia, exibindo sua feiura (e beleza) num desfile de horrores que chama a atenção pela precisão, pela criatividade e pelo realismo. Já aos palhaços cabe a função de aterrorizar os foliões, provocar correrias e assustar crianças, jovens e adultos, que correm para não levar uma bexigada nas costas – bexigas de boi infladas, arremessadas com força (outra tradição dos imigrantes). 



Durante meses, antes da festa, os moradores da fazenda colecionam bexigas dos bois mortos na região para encher de ar. Os golpes provocam um estalido estridente, que deixa as costas vermelhas e um cheiro pouco agradável no ar. A brincadeira já se tornou tão tradicional e aceita pelo público que há sempre gente fazendo questão de entrar na pancadaria. Há também os palhaços conhecidos como “linguiceiros”, que carregam uma linguiça calabresa mergulhada em cerveja. Ela é passada nos lábios dos mais distraídos e deixa um gosto amargo na boca.

As máscaras de papel machê usam materiais reciclados e inspiração europeia

Outro aspecto importante na festa é seu caráter ecológico. A grande maioria das máscaras é produzida com papel reciclado, papel machê e materiais como sementes, flores, sucata, massa de biscuit, sisal, palha de milho e sacos plásticos. Na maioria das vezes é confeccionado um modelo de argila, sobre o qual é aplicado o papel machê e, depois, materiais de decoração. Embora já comecem a surgir fantasias feitas de fibra de vidro, que confere maior resistência e durabilidade, o costume de reciclar os materiais e usar com criatividade surrealista ainda permanece.

Mais do que a alegria de brincar, a folia dos monstros de Leme transmite a mensagem de que para preservar a tradição e a natureza é preciso reciclar também as ideias.


quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Bug faz monstro gigante aterrorizar Battlefield 3



Um jogador de Battlefield 3, identificado apenas pelo seu apelido no YouTube, liquidmyphone, capturou em vídeo um estranho bug durante uma partida multiplayer. O ocorrido transformou a batalha em um filme de terror. Possivelmente um erro de deformação fez com que o jogador ficasse com um tamanho desproporcional parecendo um monstro gigante, confira:







terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

A origem da lenda urbana da Loira do Banheiro



Bata a porta do banheiro, dê descarga e abra a torneira. Faça isso três vezes. Quem esteve em uma escola brasileira nas últimas quatro décadas sabe: surgirá uma loira, com algodão nas narinas e machado na mão. Sim, ela está morta. Mas, afinal, de onde teria surgido essa mulher? A resposta é simples e direta: de uma matéria de jornal. Ou melhor, da imaginação de jornalistas que criaram e recriaram esta que possivelmente é das mais duradouras lendas urbanas.

A manchete estampou a capa do extinto jornal Notícias Populares em 1966: “Loira fantasma aparece em banheiro de escola”. Acostumados a buscar notícias polêmicas, os repórteres do NP se depararam com uma tarde sem sangrias. Ninguém fora morto a machadadas, nenhum bebê-diabo na maternidade. Mas havia uma foto borrada de uma funcionária do jornal. Loira. Tiveram a ideia da manchete, recriando a história inventada por Orlando Criscuolo para o Diário da Noite, anos antes. O borrão virou algodão, e a loira, defunta.

A edição esgotou. Mário Luiz Serra, um dos “pais” da loira, conta que recebeu uma diretora do conceituado Colégio Rio Branco, de São Paulo, afirmando ter tirado uma foto da fantasma. Quando o filme foi revelado, não havia nada. “Se fosse gente, aparecia”, assegurava a educadora. A pressão aumentou, inclusive da Secretaria de Educação da cidade: por medo, as crianças não queriam mais ir ao banheiro. O jornal teve que publicar um desmentido. Tarde demais. A loira continuou cercando as escolas. Até mesmo a prima da tal funcionária que inspirou a manchete confessou: “Eu vi a loira do banheiro”.


Fonte:

Nada Mais que a Verdade – A extraordinária história do jornal Notícias Populares, de Celso de Campos Jr., Denis Moreira, Giancarlo Lepiani e Maik Rene Lima (Carrenho, 2002).

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Lenda urbana "Loira do Banheiro" vai virar filme nacional

O filme conta a história de Alice, uma garota de 12 anos que sofre um trauma emocional


Quem nunca foi aterrorizado pela lenda urbana da Loira do Banheiro? Criada na década de 60 pelos jornalistas Mário Luiz Serra, Minas Conjumijan e Sérgio Costa, então repórteres do extinto jornal Notícias Populares, a história transcende as gerações: sempre tem um irmão ou primo mais velho a fim de deixar uma criança apavorada e horas “apertada” sem coragem de entrar no banheiro.

O mito que envolve a misteriosa loira vai ganhar as telas dos cinemas graças ao diretor Marcos Otero, de Indaiatuba, que transformará a lenda na Trilogia Loira do Banheiro, com uma narrativa ao estilo Bruxa de Blair.

O primeiro episódio foi rodado em três dias. Horas e horas que se transformarão em 80 minutos de filme, previsto para ser lançado entre julho e agosto deste ano. “No primeiro dia, passamos quase 12 horas em Campinas para fazer dois blocos de cenas de diferentes anos: 1989 e 1999. Para tempo de filme, isso gera uns 10 ou 15 minutos, no máximo. Depois, fomos para Indaiatuba. As cenas na escola principal, onde se concentram o início, o plot (trama) e o epílogo do filme, consumiram mais dois dias de trabalho, uma das 6h da manhã à 1h da madrugada; outro das 18h às 23h”, conta Otero.

A trama gira em torno do Alice (Huli Balász), uma garota de 12 anos que sofre um trauma psicológico. Anos depois, levanta-se a suspeita de que esse acontecimento tenha sido causado pela aparição da Loira do Banheiro. Decidida a ir atrás dos fatos, resolve fazer um documentário e chama seus amigos Ramon (Márcio Guimarães) e Gustavo (Vinicius Finocchio), também estudantes de cinema.

Nessa busca incansável, eles acabam descobrindo pistas e fatos históricos surpreendentes da real existência de um espírito chamado Maria Augusta (Flávia Camile). Durante a invasão de uma escola em busca de provas, eles passam os piores dias de suas vidas, registros somente revelados com a ajuda da família de um dos envolvidos, que cedeu as várias horas de material gravado.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

O misterioso Parque dos Monstros ( Itália )



Bomarzo fica a apenas 68 quilômetros de Roma. Uma região no meio do verde, ideal para quem quer dar uma escapada, deixando o barulho da capital para alguns momentos de paz e tranquilidade. Um motivo a mais para se aventurar nos bosques do lugar?

O centro histórico de Bomarzo oferece uma paisagem medieval perfeitamente conservada como a Igreja de Santa Maria Assunta, onde estão conservados os restos mortais de Santo Anselvo, patrono da cidadezinha. Mas a pérola do território é o famoso Sacro Bosque ou Parque dos Monstros de Bomarzo.

Os Jardins de Bomarzo, como também é conhecido, foi construído por Vicino Orsini, no século XVI. As estátuas representam monstros e seres mitológicos além de exemplos de arquitetura impossível, como a casa inclinada. Outros mistérios envolvem o lugar como inscrições que surpreendem e confundem os visitantes.

Cientistas, historiadores e filólogos tentam explicar os labirintos de símbolos e encontraram antigos temas e motivos da literatura renascentista para tentar explicar as imagens, sem muito sucesso. Depois da morte do último prícipe Orsini, em 1585, o parque foi abandonado e só na metade do século passado restaurado.

Confira algumas imagens do misterioso lugar:










quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Personagens da cultura pop são transformados em monstros contra lei SOPA

Alex Pardee é um artista californiano que redesenhou ícones da cultura pop como monstros para protestar contra a lei SOPA (Stop Online Piracy Act) nos Estados Unidos. Intitulada "ICANS", a série para o autor quer dizer "I CAN", de "'eu posso' e vou continuar pegando qualquer personagem licenciado para fazer releituras"

A votação da lei foi adiada no senado americano e o projeto está arquivado temporariamente.


Confira alguns personagens da exposição:


O cientista Dr. Robert Bruce Banner virou um monstro ainda mais assustador que o personagem Hulk

Wolverine virou uma espécie de Freddy Krueger
Homem de Ferro perdeu todas as características tecnológicas
O personagem dos Looney Tunes Patolino trocou as penas por uma misteriosa gosma negra

Garfield virou um gato desproporcional

O personagem da família Flintstones, Fred foi redesenhado com os braços curtos e sem olhos

Mega Man virou uma espécie de topeira assassina

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Dica de filme: Gritos Mortais




Sinopse:

Há uma antiga história de fantasmas na pacata cidade de Ravens Fair sobre Mary Shaw. Acusada da morte de um garoto, ela foi perseguida pelos moradores que cortaram sua língua, mataram-na e a enterraram com as "suas crianças", uma coleção de bonecas Vaudeville feitas à mão, desde então, Ravens Fair foi amaldiçoada. Os bonecos sumiram do túmulo e reapareceram ao longo das décadas. Durante as noites, família são cruelmente assassinadas... Com as línguas cortadas. Longe de sua cidade natal, os recém-casados Jamie e Lisa Ashen pensaram encontrar uma nova vida, mas, depois da morte de Lisa, seu marido quer desvendar o Mistério. Explorando o sangrento pasado da cidade para descobrir quem matou sua esposa, ele descobre a lenda de Mary Shaw e liberta a história de sua maldição.


Ficha Técnica:

Título no Brasil: Gritos Mortais
Título Original: Dead Silence
País de Origem: EUA
Gênero: Terror
Tempo de Duração: 91 minutos
Ano de Lançamento: 2007
Estúdio/Distrib.: Universal Pictures
Direção: James Wan