O encontro do terror cósmico de Lovecraft com as lendas do folclore nacional

terça-feira, 11 de julho de 2017

O encontro do terror cósmico de Lovecraft com as lendas do folclore nacional



Algumas ideias parecem ser estranhas à primeira vista, mas depois fazem tanto sentido que você se pergunta por que ninguém havia pensado naquilo antes. É o caso das histórias em quadrinhos de Ikarow, pseudônimo usado por Eron Carlos Costa.

Ele mistura todo o terror cósmico de Lovecraft com o folclore nacional, dando um ar totalmente diferenciado as lendas do nosso folclore, elaborando desde o roteiro até as ilustrações, que são muito bem feitas por sinal, quando entra a mitologia indígena no meio fica ainda mais impressionante seu trabalho.

Depois de ler suas obras certamente você nunca mais verá o folclore nacional e suas lendas da mesma maneira..


Rio Negro



Elton Zeannon é um pesquisador do INPA que participou de uma expedição no Rio Negro, dentro da Floresta Amazônica, que acabou descobrindo um peixe totalmente diferente e nunca antes relatado. A esse peixe foi dado o nome de Peixe Misterioso, sendo que o único exemplar conhecido é aquele encontrado na expedição.

Tempos depois, Elton se junta a Margot Walker, fotógrafa, para investigar uma suposta aparição registrada pelo índio Abaré, amigo de Elton, de uma pedra com uma gravura rupestre de um peixe extremamente parecido com o Peixe Misterioso, suspeitando de que talvez estejam na pista de descobrir o habitat da espécie e conseguir mais exemplares para estudo.

Margot tem uma peculiaridade: desde criança sonha com criaturas humanóides estranhas em um jardim alienígena. No sonho, a criatura pede para entrar no jardim da própria Margot, que nega, causando revolta no monstro, fazendo-o se transformar numa criatura horrível, mas com Margot sempre acordando.

Esses sonhos aconteceram num período de febre alta quando Margot era criança, mas que agora, com a expedição à Amazônia, começam a voltar.


Sinopse

Na bacia do Rio Negro, pesquisadores do Instituto de Pesquisa da Amazônia (INPA) descobriram, acidentalmente, um único exemplar de uma nova espécie de peixe com características que não se encaixam em nenhuma das famílias existentes atualmente. Desde então, foram feitas intensas procuras, sem que nenhum outro tenha sido encontrado. Sem um nome científico, a nova espécie foi batizada apenas como ‘peixe misterioso’.

Quatro anos se passaram e o jovem pesquisador Elton Zuanon e a fotógrafa ambiental Margot Walker embarcam em uma viagem em direção às regiões remotas do rio Negro, após terem recebido informações que podem revelar a descoberta do habitat do peixe misterioso.

O que eles não sabem é que a região para onde seguem é conhecida pelas comunidades isoladas que ainda hoje cultuam um antigo Deus-Peixe, e que acreditam ser o Deus dos pesadelos e dos segredos.


Confira algumas ilustrações da HQ Rio Negro:




















A Bruxa




A versão brasileira do filme de terror A BRUXA... 
Só que a nossa tem cara de jacaré, dorme uma única vez a cada sete anos e come criancinhas..

A CUCA - “Dorme nenê, que a Cuca vem pegá. Papai foi prá roça e mamãe pro cafezal”

A Cuca é um dos principais personagens do folclore brasileiro. Ela é conhecida popularmente como uma velha bruxa com cabeça de jacaré e cabelos longos, claros e desgrenhados com uma voz horripilante. De acordo com a lenda, a Cuca dorme uma única noite a cada 7 anos e aproveita sua vida noturna para levar criancinhas que não obedecem aos pais. É um monstro imaginário criado popularmente para fazer medo em crianças.

Ela se tornou popular como personagem do livro do escritor Monteiro Lobato, em "o Sítio do Picapau amarelo" de 1921. Desde então a personagem ganhou várias adaptações na TV brasileira onde era auxiliada pelo Saci-Pererê. Malvada, morava em uma caverna onde fazia suas poções mágicas.

Na língua tupi a palavra Cuca significa tragar ou engolir de uma vez só.


Confira algumas ilustrações da HQ A Bruxa:





Gostou?

Suas obras estão disponíveis em formato digital no Social Comics ou podem ser adquiridas na página do autor.

Nenhum comentário: