Sinopse
A autora Maddie Toung (Kate Siegel) vive uma vida isolada desde que perdeu sua audição quando era adolescente, se colando em um mundo de total silêncio. Porém, quando um rosto mascarado de um assassino psicótico aparece em sua janela, Maddie precisa ir além dos seus limites físicos e mentais para conseguir sobreviver.
Ficha técnica
Original: Hush
Ano: 2016
País: EUA
Gênero: Suspense, Terror
Duração: 81 min
Direção: Mike Flanagan
Roteiro: Mike Flanagan e Kate Siegel
Produção: Sarah Curtis, Julia Stannard, David M. Thompson
Elenco: Kate Siegel, John Gallagher Jr, Samanthan Sloyan, Michael Trucco e Emma Graves
Classificação Indicativa: 16 anos
Curiosidades
- Mike Flanagan também dirigiu o ótimo terror "O Espelho" (2014).
Crítica
Suspense de roer os ossos!
Ela é uma mulher solitária, surda e muda, mora em uma casa isolada e pra piorar tem poucos amigos por perto. Maddie mora sozinha e trabalha escrevendo histórias, sempre aprendeu a se virar sem precisar de ajuda. Mas tudo se torna macabro demais quando um mascarado aparece rondando sua casa. O que pra ela é questão de sobrevivência, pro psicótico vilão tudo não passa de uma grande brincadeira, um jogo de gato e rato, é por isso que ao descobrir que se trata de uma mulher com deficiência auditiva ele resolve prolongar seu sofrimento, a caçando devagar e a amedrontando aos poucos, ao ponto dela desejar estar morta de uma vez. Será que ela conseguirá sobreviver ou se tornará a próxima vítima?
Esse é um daqueles filmes que realmente nos pegamos o tempo todo torcendo pelos seus personagens e isso só é possível graças as ótimas atuações, com destaque para Kate Siegel que nos convence todos os instantes que realmente se trata de uma pessoa surda muda e John Gallagher Jr também está muito bem no papel do sádico vilão, a cena que ele brinca com o cadáver é estarrecedora. Com uma trilha sonora que usa o próprio silêncio como combustível para gerar tensão e consegue com mérito nos fazer entrar de vez na pele da protagonista, em alguns momentos os ruídos são omitidos e a trilha sonora é cortada, em outros a situação se inverte, nos transportando facilmente para dentro do filme.
Esse terror de sobrevivência é realmente mestre em nos deixar agoniados, criando em muitas cenas um tenso clima de esconde esconde que usa e abusa dos elementos de cena para gerar tensão, ao contrário da maioria dos filmes de terror aqui não conseguimos prever com facilidade se a vítima sobreviverá no final. Destaque para a ótima cena quando ela rouba a arma do vilão e se assusta ao descobrir os números das mortes anotadas na mesma, gerando o clima de que mesmo se ela não sobreviver, a partir daquele momento ela já é uma sobrevivente.
O ponto negativo está em alguns momentos em que o filme, até então inovador, se rende aos clichês típicos do gênero, principalmente quando se aproxima de seus momentos finais (a cena da banheira é difícil de engolir). O excesso de reviravoltas também pode acabar incomodando alguns um pouco, porém graças a boa construção da trama em nenhum momento sabemos realmente como tudo terminará. O filme ainda faz uma divertida brincadeira ao tirar sarro de si mesmo ao se comparar com as histórias que a escritora está escrevendo e a possibilidade de ter vários finais diferentes. Porém como ele acaba pouco importa , até pelo fato de que quando tudo acabar você já terá roído todas as suas unhas.
Cotação: *** (Bom)
Trailer
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