TOP 10: Lendas de Noivas Fantasmas!

quarta-feira, 25 de maio de 2016

TOP 10: Lendas de Noivas Fantasmas!


O especial TOP 10 está de volta!

O mês de maio é considerado o mês das noivas, porém existem algumas noivas que não viveram tão felizes após o "até que a morte os separe", selecionamos 10 lendas de noivas fantasmas, a maioria delas são lendas nacionais, provenientes de diversos lugares ao redor do Brasil e tem até uma estrangeira, todas elas vão arrepiar os seus cabelos!


10- A Noiva do Jardim (Dois Córregos-SP)


Uma escultura feita pelo artista AC Marcheti ornamenta o principal jardim de Dois Córregos-SP. Fica bem defronte a igreja matriz. À noite, toda iluminada, é o maior destaque da praça. Noivos costumam tirar fotos ao seu lado.


Uma tragédia envolvendo uma noiva na cidade de Dois Córregos-SP gerou a lenda. O fato teria acontecido no início da cidade, na antiga capela feita de barro e coberta de sapé, onde seria realizado um casamento, mas o noivo não apareceu. O drama da moça emocionou os convidados.

A noiva, mesmo depois da saída dos convidados, não queria deixar a capela, na esperança que o noivo ainda aparecesse.

Com a ajuda do padre, os pais dela conseguiram retirá-la, somente no período da noite. A moça foi levada para casa e deitou vestida de noiva. Na mesma noite, ainda vestida de branco ela morreu.

Foi enterrada com o vestido que ela mesma havia feito e em suas mãos foi colocado um buquê de rosas e margaridas brancas.

A tragédia chocou a população e depois de um tempo surgiu o boato de que a noiva aparecia á meia noite perto da capela.

A Noiva do Jardim só ganharia esse nome depois do jardim ser construído, em 1909. A matriz foi inaugurada em 1911, quando a antiga capela já tinha sido demolida.

Uma das pessoas que teria visto uma das aparições da noiva seria o jardineiro encarregado da praça, no final do século 20. Ele disse ter visto a moça entrar e sair da igreja, em certa noite. Acredita-se que o espírito da noiva ainda permaneça no local acalentando o sonho do casamento que nunca se realizou.

Na década de 50, jovens faziam vigília na praça que foi construída no local para tentar ver a Noiva do Jardim.

Eles diziam que a noiva surgia e desaparecia na mesma velocidade. Uma senhora que morou na esquina da praça Major Carlos Neves contava que, em 1970, ela teria visto a noiva entrando na igreja.


9- A Noiva Cadáver (Rússia)





Uma antiga lenda Russa embora macabra, sempre foi contada para as crianças na hora de dormir.

Um jovem estava prestes a se casar, e com um amigo, resolveu fazer uma viagem até a vila que sua noiva morava. A viagem muito longa fez com que eles acampassem as margens de um rio. 

O jovem que iria se casar encontrou um graveto no chão que parecia mais um osso de dedo, ele e seu amigo começaram a fazer brincadeiras e piadas com o graveto, depois o noivo pegou o anel do casamento e colocou no galho como se estivesse se casando.

Depois disso começou a cantar músicas judias e pronunciou todas as palavras do sacramento de um casamento enquanto seu amigo chorava de rir, até que de repente, o chão começou a tremer, e dele saiu uma noiva, uma noiva cadáver, um esqueleto amontoado com restos de pele seca e com um vestido branco, cheia de vermes e minhocas.

A noiva prendeu os amigos e já que ele tinha colocado o anel em seu dedo e feito todos os votos cerimoniais ela teria seus direitos de noiva. Os amigos se soltaram e correram para a cidade, perseguidos pela noiva cadáver.

O Rabino que ia celebrar o casamento, depois de pensar muito, concluiu que os mortos não têm direito sobre os vivos e não iria celebrar o casamento de uma defunta. A Noiva Cadáver ficou muito triste e se desfez em uma pilha de ossos. 

A Noiva viva que ali estava presente promete a Noiva Cadáver que viveria seus sonhos em seu lugar e assim, ela jamais seria esquecida. A promessa foi cumprida e a lenda macabra da Noiva Cadáver foi passando de geração a geração.

A lenda da Noiva Cadáver trouxe inspiração para um filme de mesmo nome, dirigido por Tim Burton, A Noiva Cadáver (2005) é uma animação gótica com uma história parecida com o conto russo, só que com algumas liberdades criativas que alteraram o desfecho da lenda.


8- A Noiva Morta (Barretos-SP)



Na cidade de Barretos, interior do estado de São Paulo, uma imagem curiosa pode ser contemplada pelo visitante do principal cemitério da cidade. A imagem de uma mulher debruçada sobre o túmulo de seu esposo. A priori alguns acreditam tratar-se somente de uma bela e criativa homenagem feita a algum ente querido, todavia a história por trás da imagem mostra o quanto o amor entre duas pessoas pode tornar-se tão forte a ponto de ir além da própria vida.

Contam os antigos que dois jovens nutriam um belo e tenro sentimento um pelo outro, e após muitos anos de namoro resolveram marcar enfim a data da tão esperada cerimônia de matrimônio. Aquela decisão não representava somente a alegria dos dois jovens, mas a felicidade de toda uma família. Tudo transcorria normalmente, a jovem dedicava-se ao máximo e com todo o esmero aos preparativos, possivelmente sonhando com tão esperado futuro, quando para sua infelicidade por fim recebeu a trágica notícia do falecimento de seu noivo. Desesperada e descrente de tão absurda notícia saiu do lugar onde estava, tão aturdida e desesperada, que terminou saindo com seu belo vestido de noiva. Chegou ate onde o corpo do rapaz estava, deitado sobre a luctífera pedra do necrotério, e pós-se a chorar com dor e desesperança, contam as pessoas que a longa distância podia ouvir os gritos da moça. Todos naquele ambiente puderam partilhar daquela dor e angústia, foi quando perceberam que o choro ininterrupto cessou, e por um instante viram que a jovem permanecia debruçada sobre o corpo do jovem, porém imóvel. Correram em seu socorro e ao chegarem até a moça tiveram a triste surpresa... vitimada por um ataque cardíaco fulminante a jovem jazia morta sobre o corpo do rapaz. Muitos dizem que a dor fora tamanha, que o coração dela não conseguiu suportar. 

A história comoveu a todos da cidade, que por escolha coletiva, resolveram homenagear o casal, representando a cena da morte da jovem, sobre a lápide de seu falecido amado.


7- O Véu da Noiva (Santo André-SP)



Esta é mais uma história de amor impossível. Um tipo de “Romeu e Julieta” Tupiniquim... Como cenário, a Vila histórica de Paranapiacaba, situada no alto da Serra do Mar, no município de Santo André.

Quem já foi lá certamente viu a Vila desaparecer de uma hora para outra, engolida aos poucos por uma densa e branca neblina que sorrateiramente sobe a serra, passa pelos patamares e pela Grota funda e invade toda a vila.

A Vila de Paranapiacaba foi construída pelos ingleses no início do século XX. As charmosas casas de madeira abrigaram os funcionários que trabalharam na construção e operação da estrada de ferro.Os altos cargos eram ocupados pelos Ingleses, enquanto que outros imigrantes (italianos, portugueses...) formavam a massa operária.Um visitante desavisado pode acreditar que este cenário é apenas uma bela manifestação da natureza, mas os moradores garantem que esta névoa oculta muito mais do que os nossos olhos podem ver. Eles sabem “quem” é esta neblina!

Diz a lenda que o filho de um rico engenheiro inglês da São Paulo Railway apaixonou-se por pela filha de um operário. Ele rico e protestante. Ela pobre e católica. Uma união impossível naqueles tempos....

O engenheiro inglês proíbe esta união. O filho apaixonado, em típica rebeldia juvenil não dá ouvido e marca seu casamento na Igreja do Bom Jesus.

O Lord Inglês enfurecido pela desobediência de seu filho, agravada pelo desaforo de um casamento marcado em território católico, na parte alta de Paranapiacaba, planeja a sua desforra.

No dia da cerimônia, inicio da tarde, na hora marcada para o enlace, noiva no altar... Passam os minutos, horas e o noivo não aparece. Ao longe, na parte baixa da vila, em uma das exuberantes residências ocupadas pelos engenheiros ingleses, um choro soluçado se ouvia. O noivo, trancado pelo pai raivoso no porão da residência foi impedido de comparecer ao seu matrimônio. Abandonada no altar, a noiva não conteve a tristeza e a humilhação. Fugiu desolada e tomou o primeiro locobreque que descia em direção à baixada santista.

Ainda em seus brancos trajes de núpcias e com o coração partido, a noiva infeliz finalizou sua tragédia ao mergulhar no precipício assim que a composição cruzou a Grota funda.

Nunca seu corpo foi encontrado, mas a partir deste dia, em todo começo de tarde uma densa neblina cobre a vila. Dizem ser a noiva que sai da Grota funda e invade a vila a procura do seu amado.


6- A Noiva da Colina (Piracicaba-SP)




Conta-se que há muitos e muitos anos, quando a cidade não passava de um vilarejo, viveu por estas bandas um jovem casal de apaixonados que costumava se encontrar todos os dias, ao entardecer, numa pequena colina às margens do caudaloso rio que dava nome à cidade.

A paixão que os unia era tão intensa que, cada novo encontro, tornava-se pura magia, graças ao cenário fantástico que os envolvia nesses idílios. Traçavam belos planos para o futuro que incluíam filhos para compartilhar esse grande amor. Sonhavam com uma casinha aconchegante e cheia de flores à beira do rio que amavam tanto e que sempre faria parte de suas vidas, já que Ari era um pescador.

A cerimônia do casamento seria na capela, ornada com flores em profusão, de todos os matizes, pois plantas e flores eram a paixão de Iraci, a jovem casadoira.

A moça, vendo que a coroação do sonho estava próxima, sentia-se num verdadeiro paraíso onde só havia amor, encantamento e felicidade. Às vésperas do casamento, tudo já estava mais ou menos encaminhado. O casal acertava os últimos detalhes sentado na barranca do rio, quando Ari vislumbrou entre o vão das pedras, uma flor estranha e de inigualável beleza e decidiu colhê-la para sua amada já que ela gostava tanto de flores. Foi cautelosamente escalando as pedras mais secas e logo chegou ao destino. Parou maravilhado pela rubra flor aveludada e ficou contemplando absorto as pétalas salpicadas de gotinhas furtacores, ansioso para entregá-la ao seu grande amor. Tão embevecido ficou que, pisando em falso, foi colhido de surpresa pela força truculenta da correnteza. Tentou lutar contra ela, mas a violência das águas era tanta que o pobre rapaz sucumbiu num redemoinho de espuma. Iraci, que tudo assistia sem nada poder fazer, entrou em desespero e, num ímpeto ditado pelo coração, mandou-lhe um último beijo, pedindo a Deus que o acompanhasse.Jamais encontraram o corpo do jovem tragado pelo rio, que nunca o devolveu. Para a donzela, que viu seus sonhos de amor desmoronarem, só restaram as lágrimas. Tudo perdeu o sentido, sua vida não tinha mais significado.

Todos os dias, religiosamente, ela rumava para a beira do rio e, na pequena colina, com os olhos perdidos no horizonte, sentia a aragem suave envolvendo-a, e fechava os olhos imaginando que era o seu amor afagando-lhe os cabelos como sempre fazia. Só assim conseguia um pouco de paz e conforto para aplacar sua dor pela imensa saudade.

Passaram-se os anos rapidamente. Os loiros cabelos, que a brisa do rio continuava a afagar mansamente, tornaram-se brancos como a espuma do rio e, todos os dias, a velha senhora era vista na colina perto do rio a derramar lágrimas de saudade pelo noivo engolido pelas águas traiçoeiras do rio.
Sua história perdeu-se entre tantas outras e diluiu-se no tempo. Mas há pescadores que juram de “pés juntos” que, ainda hoje, em noites sombrias, ouvem choro e lamentos longínquos. É o pranto eterno da noiva que, segundo a crença popular, continua misteriosamente a ecoar pelas cercanias do rio.

Não se tem certeza de sua veracidade, mas essa é uma das muitas histórias que são contadas pelos avós aos atentos netinhos em noites de temporal e passadas de geração em geração.
Em épocas de cheia do rio, quando as águas barrentas invadem com fúria as habitações ribeirinhas, dizem que são as lágrimas da moça pelo noivo perdido que fazem o rio transbordar. Pode ser mais uma história de pescador. Quem sabe?…

A cidade de Piracicaba é famosa, além das fronteiras, como a “Noiva da Colina”, e seu nome em tupi-guarani quer dizer “lugar onde o peixe para”. Seu majestoso salto é conhecido como “Véu da Noiva”, pois desce as pedras em cascata, espumejando as águas até torná-las brancas como o tule farto que adorna a grinalda das noivas ao pé do altar.

Os nativos desta terra são apaixonados pelo rio e pela ”noiva”. Não há um só poeta ou escritor piracicabano que não tenha cantado em verso ou em prosa as suas belezas naturais.

E o imponente Rio Piracicaba, em seu eterno corcovear, leva para longe a história de amor dos dois amantes, que ficou para sempre em suas águas a vagar…


5- A Emparedada da Rua Nova (Recife-PE)


Quase todos os recifenses que estão na sexta década de vida ou que já passaram, ouviram falar no caso, na Emparedada de Rua Nova, senão como um romance escrito pelo fundador da Academia Pernambucana de Letras, Carneiro Vilela, mas como um acontecimento trágico, o qual, por certo, marcara a vida da cidade no século XIX. Conta que uma mulher chamada Josefina, era amante de um certo homem, que em um dia enterrou-a entre duas paredes na sua casa. 

O caso se tornou famoso por Josefina ser uma mulher social, vivia em festa, casamentos e acontecimentos no Recife, porem começou-se a notar a falta da mulher em festas, e daí começou a lenda, ninguém sabe se é um mito ou verdade, porém o mistério ainda rola na Rua Nova.


4- A Noiva da Avenida das Torres (Curitiba-PR)


Uma noiva iria se casar numa igreja de Curitiba. Mas dentro da sua limusine ela viu seu noivo fugindo de caminhão com outra mulher . Então ela mandou seu motorista seguir o veículo suspeito que ia em direção a cidade de São José dos Pinhais. A moça traída estava nervosa e mandava seu chofer dirigir cada vez mais rápido. Ao chegar a Avenida das Torres, bem na Curva do Tomate, a limusine teve um acidente e a noiva faleceu na hora . 

Diz a lenda que no aniversário do seu dia de casamento o fantasma desta noiva aparece na Avenida das Torres, perto da curva do tomate, pedindo carona aos caminhões com esperança de achar o noivo fujão. 

Inclusive alguns caminhoneiros afirmaram, num programa de televisão dos anos oitenta, que já viram o espectro de uma noiva correndo pelo local. Um deles disse que teve um acidente porque uma mulher vestida de noiva apareceu , do nada, na sua frente e, ao tentar desviar desta moça, ele bateu seu caminhão em um dos postes da Avenida das Torres.


3- A Noiva Fantasma  da Escola (Itaperuçu e Rio Branco do Sul -PR)


Um fenômeno no mínimo macabro vem colocando um ponto de interrogação na cabeça de moradores de Itaperuçu e Rio Branco do Sul, na região metropolitana de Curitiba em 2014. De acordo com relatos de moradores, uma “Noiva Fantasma” teria aparecido na Avenida Industrial, uma via cercada de matagais que liga os dois municípios.

De acordo com Ivo Faria, responsável pelo Jornal Expresso e que divulgou as imagens, o vídeo com a aparição se tornou o assunto da cidade em 2014 e alguns moradores organizaram uma vigília para que a alma ‘descanse em paz’. “Eu sou professor e a escola só falava disso. Para esta segunda à noite uma igreja organizou uma vigília para proteger as duas cidades”, comentou.

Faria conta que a localidade da Tacaniça, região onde ela foi vista, possui uma lenda que já vem dos anos 1960. Segundo a história, uma loira costumava aparecer em um campo de futebol e após a construção de uma escola, ela voltou a aparecer a noite nos corredores e banheiros. Outro ponto que alimenta a crença desta vez é o fato de a menos de 100 metros do local da aparição, existir uma conhecida casa de casamentos.

As imagens divulgadas por Ivo foram feitas por Willian Polonha. “Muitos na internet estão dizendo que trata-se de uma brincadeira e deve ser, mas eu fiz as imagens e não estava participando disso. Estava passando com cinco amigos e filmei porque já tinha visto essa noiva por lá antes”, garantiu.

Nas redes sociais, as repercussões são diversas. Enquanto alguns acreditam plenamente na aparição, outros criticam a “grande brincadeira” dessa mulher. “Que loucura fazer isso. Se aparece alguém e dá umas pedradas ou um tiro, está feito o problema. Povo maluco”, disse um internauta.

Para os mais descrentes, as teorias também são muitas. Segundo um dos internautas, é estranho o vídeo começar a ser filmado exatamente nesse momento. Para outro, ela teria desembarcado de um carro e esse seria o motivo da intensa iluminação.

Confira a gravação feita em 2014:



2- A Noiva da Igreja Santa Rita (Paraty- RJ)


Paraty é rica em narrativas sobre acontecimentos fantásticos. Desse repertório variado de lendas relativas à história do lugar, de pessoas e crenças, transmitidas pela tradição oral através de gerações, consta a do jovem casal apaixonado que em meados do século 19 pretendia unir-se em matrimônio na igreja Santa Rita. Felizes com a proximidade da cerimônia religiosa, os noivos demonstravam a alegria que sentiam através do sorriso franco com que recebiam os parentes e amigos que deles se aproximavam. Mas a jovem morreu poucas horas antes de subir ao altar, sem que ninguém pudesse explicar como e por qual motivo tal fatalidade tinha acontecido, já que a noiva era dona de excelente saúde.

Inconformado, o noivo trancou-se em casa sem querer ver ninguém. Mas dois dias depois ele levantou-se desesperado. Saiu às pressas, dirigiu-se à igreja e lá implorou ao vigário que abrisse o caixão enterrado no cemitério do próprio templo, alegando que sua amada o estava chamando. Os que o acudiram acharam que ele estava ficando louco, tentaram acalmá-lo, mas sem aceitar a ideia de abertura do caixão, apesar dos pedidos insistentes feitos pelo agitado rapaz. Dali para frente, e durante muito tempo, os que passavam à noite pelo largo da igreja Santa Rita juravam de mãos juntas terem visto um fantasma vestido de noiva, bebendo água no chafariz localizado em frente à igreja.

Muitos anos depois, quando foram retirar os restos mortais da jovem, descobriram que o seu esqueleto estava virado, de bruços. Essa constatação fez todo mundo imaginar que a noiva provavelmente morrera de sede dentro do caixão, sem que ninguém tivesse ouvido os seus pedidos de socorro. Para evitar que o fantasma dela continuasse saindo em busca de água no chafariz, o padre mandou perfurar um poço dentro da igreja, e isso bastou para que o fantasma nunca mais fosse visto do lado de fora.

O chafariz do largo e o poço da igreja existem, e estão até hoje no mesmo lugar.


1- A Noiva da Estrada (Marília-SP)


Existem na verdade várias versões da história, mas nenhuma delas pôde ser historicamente comprovada.
Eu não a vi, não estava lá, mas uma amiga, voltando da faculdade, de Marília-SP para a cidade de Ocauçú, distante 30 ou 40 quilômetros, teve a desagradável experiência, que conto a seguir... Vamos aos fatos históricos:

Na estrada entre Ourinhos e Marília existem duas serras, a estrada foi remodelada em meados dos anos 70, mas até os dias de hoje vitima muita gente com suas curvas sinuosas e abismos.

Em 1962, uma jovem mariliense (a cidade era conhecida ainda por "Alto Cafezal") estava para se casar. O casamento seria em Ourinhos. No carro, um Bel-Air, estava ela, jovem radiante, e o motorista, na verdade, seu cunhado, que se dispôs a dirigir naquele dia tão importante.

Caía a noite na estrada velha, haviam curvas muito fechadas e estreitas, o despenhadeiro era fatal, pedras, devido a umidade do solo, frequentemente barravam a estrada.

Já trajada com o vestido branco, a moça se dirigia feliz ao seu casamento. Ao passar pela primeira serra, porém, um velho caminhão, ao desviar de uma barreira, invadia a pista contraria.

Distraídos, na noite de lua clara, não houve tempo para muita reação, o jovem num desvio brusco, saiu da estrada, restando apenas o despenhadeiro... Ambos morreram instantaneamente.

Anoiteceu, o noivo à espera na catedral se tornava impaciente, ligou para a casa dos sogros, estava a empregada, que nada sabia...

Acreditou que ela havia desistido e fugira... Pernoitou inconsolado em Ourinhos, alguns convidados também ficaram...

Na manhã do outro dia, o frio do inverno, a neblina da altitude... Estranhamente um carroceiro que passava pelo local avistou, cerca de duzentos metros abaixo, o carro preto, destroçado. Chamou a polícia rodoviária, e em poucas horas o luto tomou conta de ambas as famílias... Esse fato ocorreu em agosto de 1962, foi um inverno frio, até para quem morou lá!

Acredita-se que a noiva não se deu conta que morreu, que sobe todas as noites de agosto, inverno, com lua clara, o barranco que há tantos anos lhe tirou a vida, aborda pessoas susceptíveis na estrada, apenas em busca de uma carona para Ourinhos, para seu casamento, em um círculo triste e infindo.

Voltando às lendas, vários moradores de arredores relataram detalhadamente o acontecimento, dentre elas essa minha amiga que não tem o costume de mentir, e pelo seu trauma, não tenho dúvidas que ocorreu...
Ao passar pela primeira serra entre Marília e Ourinhos, em noite de lua clara, avista-se uma jovem, um pouco suja e bastante aflita pedir carona, ninguém que eu saiba, se atreveu a parar. Ela então surge no banco traseiro do veículo, não diz absolutamente nada, apenas o perfume floral e sua pele branca e cabelos negros são visíveis. O frio toma conta do recinto, ela age como que aliviada, sem muitos movimentos, porém perfeitamente nítida. Na violenta curva a seguir, saindo da primeira serra, simplesmente desaparece.

Dezenas de caminhoneiros pelo Brasil atestam o que lhes estou contando, procurem em registros de jornal (AGOSTO 1962) na biblioteca de Marília quem for até lá, só evitem viajar pala BR ao caír da noite, principalmente numa noite de lua clara de inverno.

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