Vozes do Joelma resgata lendas paulistanas de forma emocionante

quinta-feira, 5 de março de 2020

Vozes do Joelma resgata lendas paulistanas de forma emocionante


A tragédia do Edifício Joelma ocorreu no dia 1° de fevereiro de 1974, resultando na morte de 191 pessoas e mais de 300 feridos. O incêndio, que se iniciou no 12° andar do prédio, foi noticiado no Brasil inteiro e até em veículos internacionais. Por coincidência — ou não — o local já foi palco para outras catástrofes, que são relatadas na obra Vozes do Joelma

Lançado pela Fato Editorial, em 2019, o livro foi escrito por Marcos Debrito, Marcus Barcelos, Rodrigo de Oliveira, Victor Bonini e contém, ainda, a apresentação de Tiago Toy. Do gênero terror, Vozes do Joelma apresenta as histórias que envolvem o local com fama de amaldiçoado, a partir da visão das vítimas.

Considerado um dos lugares mais mal assombrados do mundo, o Edifício Joelma já foi palco para um brutal assassinato, seguido de suicídio. Na ocasião, Paulo Ferreira de Camargo se matou após assassinar a sangue frio sua mãe Benedita Ferreira de Camargo e suas irmãs, Maria Antonieta e Cordélia. Este relato, mais conhecido como o Crime do Poço, abre o enredo da trama.

No decorrer da obra, é apresentada a história completa do incêndio, que deixou a nação em luto. Além disso, os autores apresentam as vítimas do elevador, que nunca foram identificadas e, por isso, foram nomeadas como as Treze Almas do Joelma, que ganhou uma lápide em cemitério de São Paulo, diz a lenda que zeladores ouviam gritos misteriosos no local e jogavam água para acalmar as almas, desde o acontecimento, o cemitério da região atrai pessoas que são devotas das tais almas. Para os devotos, os mortos já deram várias graças aos vivos. Eles também deixam copos de água em cima de cada sepultura como forma de agradecimento.

Engana-se quem acredita que as histórias assombradas do local terminam por aqui. Antes do Crime do Poço e do incêndio, o local era um pelourinho, onde escravos negros eram torturados e posteriormente executados. A má fama do local é tão antiga quanto sua criação, tal fato que originou o nome da região Anhangabaú — que, para povos indígenas, significa morte. 

Ao todo, o livro contém quatro contos, cada qual é apresentado por um autor diferente. Já Tiago Toy, aparece na trama como o ser sobrenatural que observa e comenta os eventos paranormais que cercam o local, na mesma medida que entrelaça as histórias de forma muito emocionante.

O livro pode ser comprado aqui.


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