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Há 100 anos, Lovecraft publicava “Nyarlathotep", poema em prosa que, para muitos, estaria na origem de seus “mitos de Cthulhu”. |
Recluso e esquisitão, o americano Howard Phillips Lovecraft mudaria para sempre, com sua obra, os nossos pesadelos. Tudo começou há 100 anos, quando um obscuro fanzine de literatura fantástica publicou o seu poema em prosa “Nyarlathotep” (1920), sobre uma força maligna que vagueia pela terra manipulando seguidores. Para muitos, é a pedra de toque de seus “Mitos de Cthulhu” — um conjunto de contos repletos de criaturas assustadoras que até hoje inspiram escritores, cineastas, quadrinistas e criadores de games e RPGs.
Você pode nunca ter lido Lovecraft, mas certamente já teve contato, ainda que transversal, com suas loucuras. Do clássico filme “O enigma do outro mundo” (1982), de John Carpenter, às séries “True detective” (2015) e "Território Lovecraft" (2020), passando por best-sellers de Stephen King e Neil Gaiman, a influência do Príncipe Sombrio de Providence, como o autor era conhecido, paira sobre a cultura pop. E Hollywood segue bebendo na fonte: um de seus contos, “A cor que veio do espaço”, virou filme com Nicholas Cage lançado em janeiro nos EUA, e há rumores de que o oscarizado diretor Guillermo Del Toro vai adaptar “Nas montanhas da loucura”.