No início dos anos 2000, quando então dirigia a divisão de teatro da então CIE Brasil, empresa que se tornou Time For Fun, hoje responsável pela produção de grandes musicais, Jorge Takla contava uma anedota que tinha um grande fundo de verdade: “Se eu abrir hoje uma bilheteria só para vender ingressos para O Fantasma da Ópera, mesmo sem ainda ter uma data de estreia, já vou conseguir lotar várias sessões”.
Não se chegou a tanto, mas, em 2005, quando estreou a primeira montagem nacional do musical, o sucesso foi estrondoso, mesmo com parte da crítica torcendo o nariz para as composições de Andrew Lloyd Webber, consideradas um tanto rasteiras. “Cafona ou não, a música tem grandes qualidades, com arranjos clássicos”, acredita Takla. “O Fantasma tem e sempre terá um enorme apelo popular por juntar melodrama e romance num clima de terror gótico, tudo embalado por música muito sedutora aos ouvidos, e apresentado num espetáculo impressionante plasticamente”, faz coro o ator, produtor e tradutor Claudio Botelho que, ao lado de Charles Möeller, já assinou mais de 40 importantes musicais.