Um casal tropeçou em um esqueleto e ficou impressionado pelo tamanho do objeto encontrado na praia de Ilha Comprida, no litoral de São Paulo. Em um vídeo obtido pelo g1, nesta segunda-feira (21), é possível ver os detalhes da ossada, encontrada por Letícia Santiago e Devanir Souza. Um biólogo marinho afirmou que o esqueleto é de um cetáceo, ou seja, mamíferos aquáticos como baleias, botos e golfinhos.
O esqueleto foi encontrado por Letícia e Devanir enquanto eles caminhavam pela faixa de areia do Balneário Mares do Pontal, na manhã deste domingo (20). “Cedinho eu e meu namorado andando pela praia encontramos essa 'espécie de mão'. Não achamos que pode ser humana por conta do tamanho e quantidade de falanges. Estamos impressionados”, escreveu a moça, nas redes sociais.
No vídeo gravado pelo casal, Letícia conta como a ossada foi encontrada. Ela teria tropeçado no esqueleto que, segundo ela, estava com as ‘três pontinhas dos dedos para cima’. Ao se deparar com o material, suspeitando que pudesse ser uma mão humana, a dupla jogou água para tirar os resíduos e percebeu que não era uma ossada de um ser humano.
“É muito grande. Pensa em um 'trem duro da bexiga'. Que bicho que é a gente não sabe, e se é um alienígena, pior ainda!”, brincou Letícia ao mostrar e narrar as características do esqueleto.
O g1 entrou em contato com o biólogo marinho Eric Comin. Ao observar as imagens, ele afirmou que o esqueleto é de um cetáceo, que morreu no mar. Com o tempo, segundo ele, a ossada foi parar na faixa de areia. Sobre a idade do esqueleto, Comin declarou que, pelo estado da decomposição e por haver só ossos, acredita que o animal tenha morrido há aproximadamente um ano e meio.
O profissional explicou que, para afirmar exatamente a espécie, se era de uma baleia, golfinho, orca ou boto, é preciso uma análise mais detalhada. Porém, ele acrescenta que, pelo tamanho, pode ser um golfinho, levando em consideração também queesse tipo de animla é bastante comum na região.
De acordo com o biólogo, ao encontrar ossadas de animais marinhos na faixa de areia, a população deve comunicar os órgãos ambientais da região. Em Ilha Comprida, é o Instituto de Pesquisas de Cananéia (IPEC).
“Acionar também a Polícia Ambiental, pois eles têm o contato de profissionais que retiram esse material das praias, como por exemplo, em Santos, que tem o Aquário Municipal, o Instituto Gremar e o Museu da Pesca. A Polícia Ambiental vai direcionar o material para pesquisadores e profissionais que cuidam desta área”, explicou.
Em contato com o coordenador do IPEC, Henrique Chupill, ele também declarou ao g1 que o esqueleto pode ser de um cetáceo. Além disso, ele ressalta que, quando ossadas de animais marinhos forem encontradas nas praias monitoradas pelo Instituto, a orientação é que os banhistas sempre entrem em contato por telefone.
"Sempre priorizamos deixar [as ossadas] na praia para que não interfira na ciclagem de nutrientes dentro do ecossistema. Eventualmente, quando tem algum interesse científico, recolhemos para que seja utilizado em estudos. Se for animais frescos, recolhemos para fazer necropsia e identificar a causa da morte", esclareceu o Chupill.
Esqueleto de um golfinho. |
Confira o vídeo:
Fonte: G1
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