Top 10: Filmes existencialistas que flertam com o terror para assistir na quarentena
terça-feira, 18 de agosto de 2020
Top 10: Filmes existencialistas que flertam com o terror para assistir na quarentena
Selecionamos 10 obras que não são consideradas filmes de terror ao pé da letra, mas possuem elementos fantásticos e flertam com o gênero diversas vezes. Todas elas são produções existencialistas e que debatem temas como vida, morte e os mistérios do universo.
Esqueça aqueles clichês de filmes de epidemias de zumbis que todo mundo recomenda na quarentena, aqui priorizamos filmes variados, de temas diversos e de vários países do mundo, prepare a pipoca e aproveite a quarentena com o melhor da sétima arte.
10) - Tempo Compartilhado (México, 2018)
Na trama, Pedro (Luis Gerardo Méndez) aproveita uma promoção para poder descansar com a esposa e o filho em um resort de luxo. Chegando lá, certo de que encontraria um paraíso tropical cheio de felicidade para suas férias, o personagem descobre que o lugar concedeu mais vagas promocionais do que era capaz de comportar e que, agora, sua família terá que dividir o apartamento com outra família. As férias de Pedro se tornam um pesadelo e ele começa a desconfiar que todos os contratempos fazem parte de um plano do resort para destruir sua família.
Tempo Compartilhado faz parte da safra de filmes contemporâneos que usam elementos fantásticos, surreais e de horror para tratar de coisas aparentemente banais do cotidiano do cidadão médio, dando outro significado a elas. Essa obra de suspense mexicana de 2018 recebeu diversos prêmios e foi comparada a clássicos como "O Iluminado".
Em um laboratório parisiense, uma mão decepada escapa de seu destino infeliz e parte em uma jornada para encontrar seu corpo. Em uma assustadora fuga pela cidade, ela enfrentará ratos, pombos e outros desafios para chegar até Naoufel. Suas lembranças de Naoufel e do amor do jovem entregador de pizzas pela bibliotecária Gabrielle fornecem as respostas sobre o que causou a separação da mão e se transformam em um poético cenário para o possível reencontro dos três. Baseado no romance "Happy Hand", de Guillaume Laurant.
Esse filme francês peculiar de Guillaume Laurant, roteirista de O Fabuloso Destino de Amélie Poulain, recebeu diversos prêmios ao redor do mundo em sua trama carregada de personalidade sobre descoberta e auto-conhecimento.
Jones, filho de David Bowie, dirige a produção independente britânica com poucos recursos - algo sempre difícil em se tratando do gênero de ficção.
A obra mostra Sam Bell (Sam Rockwell), um astronauta que cumpre uma missão de três anos na Lua, em uma base instalada pela Lunar Industries. Sua função é extrair do solo e enviar regularmente à Terra uma substância que ajuda a renovar a energia do planeta. Sam tem apenas a companhia do computador GERTY (Kevin Spacey) e está ansioso para completar o trabalho, uma vez que, começa a sentir o peso da solidão e saudade de sua família. Só que, repentinamente, ele começa a delirar e sofre um acidente. A partir de então, encontra outro igual a ele dentro da estação lunar, só que com uma personalidade totalmente oposta e então começa a perceber que perdeu de vez a sanidade.
Essa obra apresenta diversos questionamentos sobre solidão e loucura, em tempos de solidão causada pelo isolamento social, acaba sendo ainda mais imperdível, cativante e inteligente. Esse suspense de ficção científica é comparado com clássicos do gênero como "2001: Uma Odisseia no Espaço".
Na trama uma cam girl tem sua identidade roubada na internet após simular um suicídio para ganhar mais seguidores e então descobre que a pessoa que roubou sua conta está se passando por ela e como se não bastasse a pessoa é exatamente idêntica a ela e então trava uma corrida para tentar provar de uma vez por todas que está viva e não é fake.
Rodado de maneira independente e lançado sob o selo das produções originais da Netflix em 2018, o filme sobre perda de identidade faz uma análise interessante sobre uma geração inteira que parece só se reconhecer online.
Neste interessante longa norueguês, o suspense paira sobre a protagonista, uma jovemjovem tímida que deixa a casa dos pais, super-protetores e muito religiosos, para estudar na capital do país.
“Thelma” explora os horrores e desejos de uma jovem supostamente assombrada por poderes misteriosos que ameaçam destruir aqueles que ela mais ama, ou que também poderão ser a chave para a liberdade absoluta, dependendo do ponto de vista do espectador. A pergunta que fica é que se ela realmente teria poderes sobrenaturais ou tudo seria explicado pela ciência?
A obra representou a Noruega no Oscar e foi comparada a grandes clássicos do terror como "Carrie - A Estranha".
Na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, uma onda de assassinatos sombrios assola a região. O que começa como uma curiosidade mórbida para os jovens locais, lentamente começa a modificar suas vidas. Dentre eles está Bia, de 15 anos, que, após um encontro com a morte, fará de tudo para certificar-se que está viva.
Ganhador dos prêmios de Melhor Direção e Melhor Atriz no Festival do Rio 2015, essa produção de suspense cria um crime mórbido, sufocante e ao mesmo tempo poético para falar sobre o vazio de uma sociedade jovem perturbada pela violência.
Os moradores de um pequeno povoado do sertão brasileiro, chamado Bacurau, descobrem que a comunidade não consta mais em qualquer mapa. Aos poucos, percebem algo estranho na região: enquanto drones passeiam pelos céus, estrangeiros chegam à cidade. Quando carros se tornam vítimas de tiros e cadáveres começam a aparecer, Teresa, Domingas, Acácio, Plínio, Lunga e outros habitantes chegam à conclusão de que estão sendo atacados. Falta identificar o inimigo e criar coletivamente um meio de defesa.
Esse produção nacional foi a grande vencedora do Prêmio do Júri do Festival de Cannes 2019 e é uma homenagem aos filmes de faroeste. A obra que se passa nos dias atuais, faz uma crítica a romantização da colonização, tão comum até os dias de hoje nos livros de história.
Adaptação da obra de Jeff Vandermeer, a trama acompanha Lena (Natalie Portman), viúva, ex-militar e bióloga, que vê no misterioso retorno de seu marido Kane (Oscar Isaac) após um ano dado como morto em missão para investigar a Área X, uma espécie de distorção que está se alastrando e pode representar uma ameaça à raça humana. Essa volta faz com que Lena se junte a outras pesquisadoras para investigar a natureza dos acontecimentos dentro da Área X.
O longa bebe do realismo fantástico da obra de H.P. Lovecraft, investe na atmosfera e na tensão, e traz uma inclinação bastante particular do gênero de terror para o lado biológico, genético e existencial da coisa. O terror cósmico é uma metáfora sobre depressão, superação e transformação e foi baseado no livro Aniquilação de Jeff VanderMeer, autor conhecido por ser cientificamente correto em suas obras.
Recentemente falecido, um homem se recusa a fazer a travessia e retorna à sua casa suburbana como um fantasma para consolar sua esposa enlutada. No local, ele descobre que seu estado espectral o força a observar passivamente a vida que ele conhecia e a mulher que ele ama começa a se afastar lentamente de sua memória. O fantasma embarca em uma jornada cósmica pela memória e história que viveu com sua amada até encontrar sua libertação.
O filme é amparado por uma belíssima trilha sonora, que preenche o vazio dos poucos diálogos. Com uma bela fotografia, a obra mergulha em cores e reflexões sobre o tempo, a perda e as memórias que uma pessoa pode deixar para trás. Um filme que não deve ser assistido como entretenimento e sim contemplado.
Donnie é um jovem excêntrico que despreza a grande maioria de seus colegas de escola. Ele tem visões, em especial de Frank, um coelho gigante que só ele consegue ver e que o encoraja a fazer brincadeiras humilhantes com quem o cerca. Um dia, uma de suas visões o atrai para fora de casa e lhe diz que o mundo acabará dentro de um mês. Donnie inicialmente não acredita, mas, momentos depois, a turbina de um avião cai em sua casa e ele começa a se perguntar qual é o fundo de verdade dessa previsão.
Esse filme sobre viagem no tempo é uma obra que nunca envelhece, o filme mais enigmático e inteligente que já vi. Fracasso de bilheteria quando foi lançado nos cinemas, a obra se tornou depois de anos um dos clássicos cults mais aclamados da sétima arte e conhecido praticamente por todo mundo que ama cinema.
A jovem e despreocupada Jay leva uma vida tranquila entre escola, paqueras e passeios no lago. No entanto, após uma transa, o garoto com quem passou a noite lhe explica que ele carregava no corpo uma força maligna, transmissível às pessoas apenas pelo sexo. Agora, enquanto vive o dilema de carregar a sina ou passá-la adiante, a jovem Jay começa a ser perseguida por figuras estranhas que tentam matá-la e que não são vistas por mais ninguém.
Repleto de metáforas, planos perturbadores e diversas referências aos clássicos do cinema de horror das décadas de 1970 e 1980, o segundo grande filme de Mitchell está longe de parecer um simples filme de terror, a trilha sonora é incrível, repleta de sintetizadores e ruídos eletrônicos. O clima de angústia no ar, a fotografia que valoriza espaços abertos e vazios e a fuga de um inimigo invisível lembram muito os dias atuais, essa obra de terror já virou um clássico.
Nenhum comentário:
Postar um comentário