Pico dos Marins, local de desaparecimento de francês foi palco de um dos maiores mistérios do Brasil

sexta-feira, 4 de maio de 2018

Pico dos Marins, local de desaparecimento de francês foi palco de um dos maiores mistérios do Brasil

Maratonista francês Gilbert Eric Welterlin está desaparecido desde o dia 16 de abril, carro dele foi encontrado no início de uma das trilhas.


Entre 80 e 100 pessoas se revezaram nas buscas ao francês Gilbert Eric Welterlin, que desapareceu no dia 16 de abril na região do Pico dos Marins em Piquete- SP, na divisa de São Paulo e Minas Gerais. Participam equipes de resgate dos dois estados, além de dezenas de voluntários.

Helicópteros, drones e rapel são utilizados pelos agentes e por montanhistas que conhecem a área na tentativa de alcançar os lugares de difícil acesso. Os trabalhos começam logo no início da manhã, por volta das 5h e só terminam por volta das 17h.

O carro dele foi encontrado estacionado no início de uma das trilhas. Eric foi sozinho para a mata.

Após mais de 15 dias sem sinais do atleta francês, o caso começa a ser comparado ao desaparecimento do escoteiro Marco Aurélio, também no Pico dos Marins, em 1985. As buscas ao adolescentes duraram 30 dias ininterruptos mas, até hoje, nenhum vestígio do escoteiro foi encontrado.

{Atualização} O francês foi encontrado morto na manhã de sábado (05/05) por um fazendeiro, perto de uma cachoeira no Pico dos Marins, ainda não se sabe as causas da morte.

Bombeiros observam mapa do local enquanto buscam por francês desaparecido.


Em busca do filho

Há 32 anos e meio, o empresário e jornalista Ivo Simon, 75, tenta localizar o filho, que desapareceu quando fazia uma escalada ao Pico dos Marins, na Serra da Mantiqueira, em SP. Em 8 de junho de 1985, Marco Aurélio, 15, recebeu autorização do líder do grupo para buscar socorro para um dos escoteiros. Nunca mais foi visto. A busca durou 28 dias e mobilizou 300 homens. O inquérito foi encerrado sem esclarecer o ocorrido. A família continua acreditando que ele está vivo, seguiu inúmeras pistas falsas e foi vítima de várias tentativas de golpe.

A seguir, o relato de um pai que não comemora um Dia dos Pais por completo há quase três décadas:

*Meu coração diz que meu filho está vivo. E olha que, depois de eu ter sofrido dois infartos, ele hoje já não bate muito forte. Minha mulher também desenvolveu cinco doenças autoimunes, toma 18 medicamentos por dia.

O desaparecimento do Marco Aurélio matou metade da nossa vida. Mas nós não nos rendemos. Ainda temos esperança. Por que vou dizer que meu filho está morto se não tenho uma única prova?

Ao longo das investigações e sem que a polícia encontrasse rastro dele, configuraram-se algumas hipóteses. A primeira é que teria fugido de casa. Foi descartada, pois ele deixou dinheiro e documento no acampamento.

Foi morto pelo líder da expedição? Houve um acidente e ele enterrou meu filho? Vasculharam toda a região e também a vida dele [Juan Céspedes, que conduziu os quatro escoteiros até a serra]. A conclusão da polícia é que não houve crime.

Outro hipótese é a de que ele se acidentou, já que se o líder autorizou que se separasse do grupo para buscar ajuda para um amigo que se machucou. Como não se achou o corpo ou um fio de cabelo dele? Fizeram a maior busca que se tem notícia na área, sem economizar esforços, e nada.

Eu não me conformei quando o tenente que comandava as buscas me disse que não tinham mais o que fazer, após uma varredura minuciosa por quase um mês. O inquérito tem 200 páginas e não chegou a nenhuma conclusão.

Desaparecimento de escoteiro em 1985 no Pico dos Marins, mistério continua até hoje.


Mistério

Como permaneceu o mistério, começou a surgir todo tipo de história, até que Marco Aurélio foi levado por extraterrestres.

Imagina a cabeça da gente como fica. Fuga, crime, disco voador. Na falta de indício concreto, só existe uma possibilidade pra mim: ele está vivo em algum lugar. Por isso, continuamos a buscá-lo.

Já espalhamos mais de 27 mil cartazes pelo Brasil. Dois livros foram escritos sobre o caso. Tenho caixas e caixas de reportagens publicadas.

Fizemos uma montagem fotográfica de como nosso filho seria hoje, com base na fisionomia do irmão gêmeo, Marco Antônio, que tem 44 anos. São univitelinos e teriam o semblante parecido.

Muitos videntes diziam que Marco Aurélio talvez esteja desmemoriado. Fomos ao Chico Xavier [médium espírita morto em 2002] tentar nos comunicar com ele. Perguntei: “Meu filho está vivo ou morto?”. Chico respondeu: “Eu só me comunico com desencarnados”.

Andei pelo Brasil inteiro. Uns cinco anos depois do desaparecimento, fomos a Ouro Fino (MG), onde um rapazinho dizia que era Marco Aurélio. A TV Globo mandou uma equipe junto. Chegamos lá e não é que o moleque parecia com meu filho? Ele disse: “Ô pai, ô mãe”. Só que ele tinha uma cicatriz de cirurgia horizontal na barriga. A da nosso era vertical.

Ainda assim, minha mulher dizia: ‘É ele, é ele’. Mas não dá para mudar uma cicatriz de lugar. O delegado voltou com a confirmação de que ele era de lá mesmo. Perguntei porque mentiu. Ele queria morar em São Paulo com a gente. Depois de tudo, minha mulher, a Tereza, ainda queria trazer o moleque.

Equipes dormem no local e vasculham fendas em busca de francês desaparecido.



Em outro planeta

Uma vez, a polícia veio aqui em casa às 23 horas para dizer que meu filho estava numa carvoaria, submetido a trabalho escravo. Um policial florestal me ligou de uma cidadezinha para contar que tinha um rapaz afirmando ser Marco Aurélio. Era outra pista falsa. Depois de um programa na TV Record sobre o caso, apareceu um outro no interior de Minas dizendo ser a reencarnação do meu filho com outra fisionomia.

Ouvi de especialistas que meu filho vive em um outro planeta. Em 1986, fui a Brasília procurar o general Alfredo Uchôa [um dos pioneiros no estudo da Ufologia no Brasil, morto em 1996]. Ele falou que podia se comunicar com seres de outros planetas e eles devolveriam meu filho, mas podia ser em qualquer lugar, aqui ou no Japão.

Videntes me disseram que uma seita o teria levado para longe. Sem falar nas tentativas de extorsão. Um rapaz veio aqui querendo que eu pagasse uma passagem para ele ir atrás do Marco Aurélio. Outro me procurou para fazer uma marcha a pé até o Uruguai, desde que pagássemos os bilhetes de volta.

São tantas histórias que fiquei vacinado. Teve também crueldade, como um telefonema na primeira noite de Natal após o desaparecimento. Faltavam dez minutos para a meia-noite, quando toca o telefone e era um homem de Mato Grosso: “Seu filho está morto. Eu tava lá na ocasião e vocês nunca vão achar. O chefe fez dele picadinho.”

Eu aguentei tudo até dez anos atrás, quando tive meu primeiro infarto. Temos de encarar Natal, aniversários. Aprendemos a fazer festa sem ele pelo nossos outros quatro filhos. A caçula, quando tinha dez anos, falou para a mãe: “Será que também temos que desaparecer pra você só ficar falando da gente?”

Tivemos muita solidariedade e conforto de todas as religiões. A vida continua, mas não posso ignorar que meu filho desapareceu da face da terra. Só vou desistir [de reencontrá-lo] quando eu morrer. E, se morto eu puder ajudar, vou continuar procurando.

O empresário e jornalista Ivo Simon ainda acredita que seu filho está vivo.


O caso do escoteiro desaparecido

No dia 08/06/1985, um grupo de 5 pessoas, sendo 4 garotos do grupamento de Escoteiros Olivetanos, cujo número de designação era “240”, mais o seu instrutor e líder, subiram rumo ao Pico dos Marins próximo à cidade de Piquete no estado de São Paulo, mas somente 4 dos participantes dessa trilha retornaram.

Um deles, o escoteiro Marco Aurélio desapareceu de uma forma misteriosa e de certa forma “Sobrenatural”, sem deixar qualquer tipo de pista ou rastro.

Iniciava-se nesse momento um dos maiores mistérios indecifráveis conhecidos no Brasil, o “Desaparecimento do Escoteiro Marco Aurélio Simon.”

O pai de Marco Aurélio Simon, Ivo Simon, conta que seu filho tinha 15 anos quando desapareceu.

O jornalista Ivo e sua esposa não acreditam na morte do filho desaparecido. “Em nenhum momento eu considerei meu filho morto”, diz Neuma.

Foi em 8 de junho de 1985 que Marco Aurélio, acompanhado de mais quatro escoteiros e do guia, saiu de casa para uma excursão ao Pico dos Marins [Coordenadas GPS: Latitude / Longitude: 22°30’1.51″S, 45° 7’17.63″W].]

A viagem seria um teste para graduação dos escoteiros como “Sênior”, caso conseguissem completar satisfatóriamente a missão.

O grupo era formado pelas seguintes pessoas:
– Marco Aurélio Bezerra Bosaja Simon ==> Escoteiro;
– Ricardo Salvione ==> Escoteiro;
– Osvaldo Lobeiro ==> Escoteiro;
– Ramatis Rohm ==> Escoteiro;
– Juan Bernabeu Céspedes ==> Instrutor e Líder do Grupo.

Quando o grupo subia em uma das trilhas íngremes que existem na região, em direção ao Pico dos Marins, um dos garotos, Osvaldo Lobeiro, sofreu uma luxação no joelho, impedindo o grupo de prosseguir o trajeto.

Com o objetivo de ajudar, o escoteiro Marco Aurélio Simon se ofereceu para ir na frente do grupo, abrindo caminho para passagem do amigo acidentado, e também para ver se encontraria alguma ajuda o mais rápido possível.

Com o consentimento do líder do grupo, Juan Bernabeu Céspedes, Marco Aurélio partiu na trilha em direção ao acampamento onde haviam se instalado, mas a partir desse momento, o garoto nunca mais foi visto, desapareceu por completo.

Marco Antonio é irmão gêmeo de Marco Aurélio, acredita-se que assim seria sua aparência se ele estivesse vivo.


As Buscas

Durante 28 dias, policiais civis e militares vasculharam o pico a pé e com helicópteros. Nenhum corpo, nenhum pedaço de roupa ou rastro na terra foram achados. Foi como se Marco Aurélio tivesse “evaporado”. A polícia procurou tão bem e de forma tão minuciosa, que um soldado perdeu uma faca no meio do mata e, na busca do dia seguinte, ela foi encontrada. “Mas não houve pistas do meu filho”, diz a mãe.
A família desesperada percorreu o País em busca de todo tipo de notícia que chegava de Marco Aurélio.

Certa vez, um delegado perguntou se os pais acreditavam em discos voadores e sugeriu que fossem a Brasília e falassem com um general da Aeronáutica, conhecedor de fenômenos extraterrestres. O general disse que podia comunicar-se com ET’s por telepatia. Desesperados e fazendo qualquer coisa para ter seu filho de volta, os pais disseram a ele que pedisse aos ET’s a devolução do filho. Nunca houve resposta por parte do General.

O desaparecimento misterioso de Marco Aurélio e o fato de não conseguirem encontrar nenhum tipo de vestígio do escoteiro deixou perplexos os homens que participaram das buscas, bem como as autoridades envolvidas. Não foram encontrados rastros, marcas, roupas ou pertences como faca, cantil ou canivete. Nada foi encontrado. Foi como se ele nunca estivesse estado naquele local. Seu desaparecimento transformou-se em um enigma até os dias de hoje.

Marco Aurélio (ao centro) era membro da equipe de escoteiros Ovivetanos de São Paulo e desapareceu quando tinha 15 anos.


Hipóteses

O inquérito policial foi arquivado em 1990, sem ter chegado a nenhuma conclusão.

Algumas das hipóteses levantadas na época para o misterioso desaparecimento foram as seguintes: ele teria sido assassinado pelo líder (esta foi a primeira possibilidade levantada pela polícia, que depois a descartou porque Juan não tinha instrumentos capazes de matar o garoto e sumir com o corpo).

Outra teoria é de que Marco Aurélio teria caído em algum buraco (se isso tivesse ocorrido, o cheiro do corpo em putrefação teria chamado a atenção dos cães farejadores que participaram da busca, o que não ocorreu) ou simplesmente fugido (nenhum morador da cidade ou dos arredores viu o escoteiro).

A quarta hipótese é de que ele poderia ter sido “abduzido” (levado por extraterrestres). O Pico dos Marins é considerado uma região com muito poder magnético, o que, segundo místicos, atrairiam naves extraterrestres. Por isso, a família até procurou ufólogos, que também não souberam explicar o que havia acontecido.

Chefe dos escoteiros chegou a ser considerado suspeito pelo desaparecimento de Marco Aurélio, hipótese foi descartada.


Os Mistérios das Luzes e o Som do Apito

Na segunda noite de buscas, os garotos que estavam com Marco Aurélio, em conjunto com o líder do grupo (Juan Bernabeu) e mais algumas outras pessoas estavam se preparando para suas acomodações e dormir, ouviram primeiro um grito na mata próxima, sendo que após o grito surgiu o som de um apito.

Todos se espantaram, pois Marco Aurélio como escoteiro usava um apito, que é um instrumento de auxílio para ajudar a localização de uma pessoa perdida ou em dificuldades na mata.

No momento do som do apito, todos saíram do casa onde todos estavam alojados, que era do Sr. Afonso que era um guia local, e se dirigem em direção à mata, onde havia surgido o som, e de repente se deparam com flash’s de luzes azuis, as quais se acenderam e se apagaram por três vezes.

Após esse incidente, o líder do grupo, Juan Bernabeu, também pega seu apito e vai em direção à mata e começa à soprá-lo, solicitando um retorno, mas nada acontece, somente silêncio.

Em consulta, os estudiosos de assuntos ufológicos disseram que nesse momento foi o instante em que Marco Aurélio pode ter sido abduzido por extraterrestres, devido aos detalhes do fenômeno.

O fato citado acima foi verídico, e consta no processo policial sobre o desaparecimento de Marco Aurélio.

Escoteiros teriam ouvido um grito e apito ao mesmo tempo em que teriam presenciado luzes estranhas no local, seria de Marco Aurélio?


Sumido? Vivo?

Até os dias de hoje, Ivo Simon diz acreditar que seu filho não foi morto. O jornalista reclama também da falta de apoio da União dos Escoteiros do Brasil e agradece a solidariedade que recebeu de todos os cantos do país.

“Isso é reconfortante e ajuda a nossa família a ter esperanças de encontrar Marco Aurélio vivo um dia.“

Com o fracasso das investigações, a família passou a contar com o apoio de místicos, religiosos e ufólogos. “Fomos a umbandistas, parapsicólogos, espíritas. A maioria diz que ele está vivo”, conta Ivo.

Quando procuraram o famoso médium Chico Xavier, o qual morreu no ano de 2002, tiveram a seguinte resposta: “Só me comunico com pessoas que desencarnaram, e não com os vivos”.

Por conta disso tudo, a família Simon acredita que o rapaz ainda está vivo, e acompanha como seria a fisionomia do filho pelas transformações no rosto de Marco Antonio, irmão gêmeo univitelino de Marco Aurélio. “A gente não tem mais onde buscar, mas se alguém me disser algo, der alguma pista, nós vamos atrás, não entregamos os pontos. O que me tortura é esse mistério, é não saber o que aconteceu com meu filho”, desabafa Ivo Simon.

Com o passar dos anos, algumas das pessoas envolvidas no caso, bem como nas investigações, já faleceram. Quanto mais o tempo passa, mais fragmentos do caso vão se perdendo, pois as testemunhas do caso deixam de existir, e outras vão deixando os fatos no esquecimento.

Devido a este grande mistério, o caso do desaparecimento do escoteiro Marco Aurélio Simon se transformou em um dos incríveis “Desaparecimentos Inexplicáveis” que ocorrem pelo mundo segundo a revista Out Side. Desaparecimentos misteriosos de pessoas ocorrem em todo o mundo desde a antiguidade, não deixando pistas, rastros ou possíveis indícios do que tenha ocorrido, sendo que os desaparecidos jamais são encontrados. Teorias e cogitações sobre as causas individuais de cada desaparecimento são elaboradas, mas conclusões precisas sobre o que realmente aconteceu com as vítimas nunca foram concluídas, mesmo tendo participado das investigações orgãos de polícia, investigadores particulares e mesmo militares experientes.

O que realmente existe por trás desses incríveis e misteriosos desaparecimentos?”

Pico dos Marins é conhecido por sua neblina densa e atividades ufológicas.

Livros sobre o caso

No ano de 2006 o jornalista Rodrigo Nunes, com um ótimo trabalho investigativo, lançou o livro “Operação Marins – O Sumiço do Escoteiro Marco Aurélio”, onde conta os detalhes do desaparecimento e busca pelo escoteiro Marco Aurélio Simon.

Operação Marins – O Sumiço Do Escoteiro Marco Aurélio. Rodrigo Nunes. Editora Opção, 2006. Capítulos: Fatos: O sumiço; O apito, o grito e a luz; A segunda-feira; A misteriosa Terça-feira; A nação se mobiliza; Caquéio; O interrogatório; A Operação Marins chega ao fim; Versões e previsões. Passos da Investigação: Arquivou-se o processo, mas a história não acabou; Com a palavra: as fontes; “Não quero morrer sem saber o que aconteceu”; Contradições; “Eu não matei Marco Aurélio”; A cobertura da imprensa; Sumiu mais um. Terminar é preciso, concluir não: Desmistificando, Bibliografia.

Após a publicação do livro “Operação Marins”, novas informações começaram a surgir. Pessoas que participaram diretamente do caso, após a leitura da obra perderam a timidez de falar sobre o que, inicialmente, ocultaram. Novas versões e possibilidades foram reveladas. Em meio a tantas contradições sobre o paradeiro do escoteiro desaparecido, pequenos raios de luz entram pelas frestas da então escura e misteriosa história que envolve o garoto paulistano.

No ano de 2008, devido à este acontecimento, o jornalista Rodrigo Nunes lançou o livro “Operação Marins 2 – Novas Descobertas”, complementando os fatos sobre o caso do escoteiro desaparecido.

Operação Marins 2 – Novas Descobertas. Rodrigo Nunes. Editora Opção, 2008.

Local é considerado o o 26° pico mais alto do país.

Confira um vídeo do misterioso local:


Fontes: Folha de S.Paulo, Mix Vale, Estado de Minas

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