Dica de filme: O Sono da Morte

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Dica de filme: O Sono da Morte




Sinopse

Logo após perder o filho pequeno, o casal Jessie (Kate Bosworth) e Mark (Thomas Jane) aceita adotar Cody (Jacob Tremblay), um garoto da mesma idade. O filho adotivo se adapta bem à nova família, mas ele tem um problema: os seus sonhos se tornam realidade, e os pesadelos, especialmente, podem ser mortais. Quando Jessie e Mark investigam o passado do garoto, descobrem histórias sinistras.


Ficha Técnica

Título Original: Before I Wake
País de origem: EUA
Elenco: Kate Bosworth, Thomas Jane, Jacob Tremblay
Direção: Mike Flanagan
Gênero: Terror, drama e fantasia
Duração: 96 min.
Distribuidora: Playarte
Lançamento: Em cartaz nos cinemais nacionais desde 01 de setembro
Classificação: 14 Anos



Curiosidades


- O ator mirim Jacob Tremblay, que interpreta o garotinho órfão, aparece também no drama O Quarto de Jack.

- Escrito e dirigido por Mike Flanagan, especializado em filmes de terror, dirigiu o promissor Hush- A Morte Ouve e o ótimo O Espelho.

- O filme teve um orçamento de apenas US$ 3 milhões, considerado baixo para os padrões hollywoodianos.

- Desde o início, o título deste filme de terror era Somnia, mas após as filmagens, foi mudado para Before I Wake.

- Mike Flanagan não concordou com o marketing do filme, embora esteja classificado como terror ele discorda que seja um filme de terror e classificou o filme como uma fábula sobrenatural com toques de drama.

-Seu próximo filme será o terror Ouija 2: A Origem do Mal, que tem previsão para chegar no final de outubro nos cinemas nacionais.



Crítica


Uma viagem poética no mundo dos sonhos e dos pesadelos

Mike Flanagan é um nome para ficar de olho, o diretor dirigiu o promissor Hush- A Morte Ouve (lançado diretamente no Brasil pela Netflix) e o ótimo O Espelho (2014). Agora nos apresenta O Sono da Morte, um filme de terror com pretensões altas sobre o mundo dos sonhos.

Guiado por um bom roteiro o ator mirim Jacob Tremblay repete a boa atuação vista no ótimo O Quarto de Jack, porém o resto do elenco parece estar totalmente no modelo automático e com atuações bastantes mornas, salvo raríssimas exceções, porém mesmo nos momentos mais tensos do filme o drama parece não conseguir tomar conta dos personagens que parecem estar sempre apáticos.

A direção de arte é um show a parte, em alguns momentos lembra muito o assustador mundo invertido do seriado Stranger Things, em outros encanta como aquela cena em que as borboletas se iluminam e formam uma belíssima árvore de natal. O vilão chamado de Homem Cancro (aqui no Brasil seria o nosso famoso Bicho Papão) está muito assustador, embora com o decorrer do filme perca um pouco o impacto inicial, porém sem deixar de ser ameaçador.

Diferentemente dos filmes de terror recentes, nesse não existe preocupação em mastigar tudo o que acontece e entregar de mão beijada para o espectador, ponto positivo, a falta de explicação sobre as ações sobrenaturais deixa tudo bem mais tenso e a curiosidade serve de mola propulsora, não deixando em nenhum momento o filme cansativo.

O final é excessivamente poético com sua reflexão sobre o sono da morte (o fim da vida) podendo levar alguns as lágrimas e deixar outros um pouco confusos, porém é quase uma unanimidade que ficou algo um pouco forçado e pouco convincente comparado ao que vinha sendo apresentado na tela até então. A sensação que fica é que o diretor chegou perto de nos apresentar uma verdadeira obra prima, porém ainda não foi dessa vez, quem sabe na próxima?

Cotação: *** (Bom)



Trailer




Bônus

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