Boa parte dos empreendimentos ao redor da praça fracassaram, e “culpa” é de cemitério que tinha no local |
Os espíritos dos mortos do primeiro cemitério de Campo Grande impediam que os negócios, instalados ao redor da Praça Ary Coelho, prosperassem. Era a “maldição da praça”, uma lenda urbana do varejo campo-grandense, possivelmente pouco conhecida pelos moradores da cidade. Quem relata a tal maldição é o empresário Jorge Abdul Ahad.
“O cemitério da cidade ficava onde hoje é a Praça Ary Coelho. Até que o [engenheiro] Euclides Oliveira loteou um terreno na Vila Glória, onde foi construído o cemitério Santo Antônio. Interessante que a primeira pessoa a ser enterrada no local foi o próprio Euclides”. conta.
Quanto à maldição da praça, o empresário afirma que, de fato, a maioria dos negócios, instalados no local, fechava as portas. “Diziam que era uma maldição, por causa do antigo cemitério. E, de fato, quase ninguém prosperava”, disse, acrescentando que alguns lojistas só cresciam em seus negócios quando mudavam de endereço.
LENDAS
Para os comerciantes de hoje, a “maldição da praça” assombrava apenas os antigos lojistas. “Estamos aqui há mais de 20 anos. Era uma lojinha aqui do lado e, agora, estamos neste espaço maior. E sempre crescemos. A maldição não nos pegou”, afirma, bem-humorada, Débora Lívia, gerente de uma loja de cosméticos na Rua 14 de Julho.
Gisele Bettega, vendedora de uma loja de roupas, também na Rua 14, faz comentário semelhante. “Não sabia que ali [a praça] já foi um cemitério. Também nunca ouvi falar dessa maldição. Mas aqui estamos indo bem”, disse Gisele Bettega.
Parece que as forças do além não afetam mais o comércio dos arredores da praça e a tal “madição” se restringe ao universo das lendas urbanas de Campo Grande. Que assim seja!
Fonte: Correio do Estado
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