A lenda urbana da estátua do palhaço

terça-feira, 4 de novembro de 2014

A lenda urbana da estátua do palhaço


Reza a lenda que em uma noite qualquer um casal que vivia em uma bela casa decidiu sair para jantar, mas dessa vez eles não queriam levar as crianças junto, pois queriam um pouco de privacidade. Sendo assim eles chamaram uma garota, filha de uma vizinha, que costumava cuidar de crianças.

Antes das dez os dois haviam saído e deixado à menina a cuidar de seus filhos. Logo que os pais deixaram a casa, a garota levou as duas crianças para cima e as colocou na cama. Durante todo o tempo em que passou no quarto dos pequenos ela sentiu-se observada…

Assim que elas dormiram, a menina resolveu ir para o quarto dos pais, que também era no segundo andar e tinha TV, assim ela poderia cuidar das crianças e ainda assistir algum programa na televisão.

Nem dez minutos faziam que a garota havia se deitado e olhava o programa, quando ouviu um barulho no corredor escuro, algo parecido com uma batida seca. Subitamente ela ficou em estado de alerta, tentando ouvir algo, até mesmo a respiração ela trancou, mas reinava o absoluto silêncio em toda a casa.
Tentando deixar isso para lá, a menina voltou a assistir a TV, mas poucos segundos depois outro barulho retumbou pelo corredor, dessa vez mais baixo, porém mais próximo. Juntando toda sua coragem a menina se levantou da cama sem fazer nenhum barulho, e pé por pé ela foi até a porta entreaberta. Sem movimenta-la, a menina espiou o escuro corredor, mas não enxergou nada a não ser o breu e uma tênue luz que vinha da janela no fim do corredor.

Vendo que tudo parecia normal, ela se virou e no momento em que deu o primeiro passo em direção à cama, seu coração parou por um segundo, pois um barulho veio lá de baixo. Por aquele mínimo tempo ela não consegui identificar o que era, mas no segundo seguinte a menina notou que nada mais era do que o telefone. Mesmo com o coração batendo igual um tambor, ela desceu a escada e foi atender.

No momento que tirou o telefone do gancho e garota só ouviu um chiado, que até mesmo parecia de um animal, mas era humano, uma respiração pesada. Mas ninguém falou nada e na hora em que ela abriu a boca para falar a linha caiu.

Assustada, a menina subiu as escadas correndo e foi ver as crianças, no momento em que ela abriu a porta e acendeu a luz, ficou totalmente paralisada, pois no outro lado do quarto ela viu um palhaço em pé. Durante alguns segundos ela não conseguiu se mover, mas notou que o palhaço também estava imóvel. Pensando mais inteligentemente, ela notou que era na verdade uma estátua, afinal fazia todo sentido ter uma dessas no quarto das crianças, apesar de ela não se lembra dela na hora que colocou os pequenos a dormir.

Vendo que os dois ainda dormiam, ela se virou e retornou ao quarto dos pais. Quando a ela fechou a porta, mais uma vez o telefone começou a tocar novamente. Outra vez ela desceu e atendeu, só que dessa vez uma voz rouca, que ecoava no telefone falou:

– Estou mais perto do que imagina… Talvez fosse bom ir ver as crianças. – E em seguida a voz riu.

Sem pensar duas vezes, mas com um medo sem tamanho, a garota subiu as escadas com o telefone na mão e entrou no quarto das crianças. Para sua surpresa as duas dormiam e tudo parecia normal. Durante alguns minutos, ela ficou ali parada respirando fundo. Depois de virou para sair e quando deu um passo em direção à porta, ela pode ouvir um barulho atrás dela, porém antes mesmo que pudesse se virar, ela deu um pulo. Pois o telefone começou a tocar em sua mão. Rapidamente ela se lembrou da última ligação e assim que atendeu, já começou a gritar, mas quem falava do outro lado da linha era o pai das crianças:

– Está tudo bem aí?

Demorou um pouco até ela se recompor e responder:

– Está sim, me assustei um pouco com o telefone e essa estátua de palhaço que tem nos quartos das crianças ajudou, rs

Antes mesmo que ela pudesse terminar a frase o pai já estava gritando:

– Tire as crianças imediatamente da casa, não temos nenhuma estátua de palhaço. 

As crianças e a garota estão desaparecidas até hoje.

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