Com as palavras "Se você chorar, eu te mato" ecoando em seus ouvidos, Alma e os filhos são assassinados em um conflito armado na Guatemala. Trinta anos depois, um processo criminal é movido contra Enrique, um general aposentado que supervisionou o genocídio. Mas ele é absolvido no julgamento e o espírito de La Llorona é libertado para vagar pelo mundo como uma alma penada entre os vivos. À noite, Enrique começa a ouvir o lamento de La Llorona. A esposa e a filha do militar, então, acreditam que ele está começando a sofrer de demência.
O filme usa o terror sobrenatural para refletir sobre as feridas do conflito vivido na Guatemala durante os anos 1980, segundo Bustamante, que foram mal fechados depois que o general Efraín Ríos Montt - falecido no ano passado - foi condenado por genocídio, mas sua sentença foi anulada devido a falhas processuais.
“Permanecemos na ignorância e na escuridão sobre a nossa história recente”, disse o realizador, que confessou ter recebido ameaças durante as filmagens de “La Llorona” para que esta não fosse concluída. Muitas cenas foram filmadas na embaixada da França na Guatemala para maior segurança dos atores.
Com “La Llorona”, Busdamente fecha uma trilogia que começou com “Ixcanul”, sobre os problemas enfrentados pelos indígenas na Guatemala, e que continuou com “Temblores”, sobre a discriminação contra a comunidade gay.
Vencedor de 6 prêmios, entre eles o prêmio de direção da seção Giornate degli Autori no Festival de Veneza e do prêmio principal no festival de cinema suíço Filmar, o terror sobrenatural agora conseguiu chegar entre os indicados a Melhor Filme Internacional no disputado Globo de Ouro.
Confira o trailer:
Nenhum comentário:
Postar um comentário