Na noite de 1º de fevereiro, foi encerrada a 23ª Mostra de Cinema de Tiradentes, com a entrega de prêmios na Cine-Tenda. O júri oficial privilegiou obras de gênero de baixíssimo orçamento, que buscam utilizar suas deficiências de produção enquanto linguagem e liberdade criativa.
O grande vencedor da Mostra Aurora foi Canto dos Ossos (2020), ficção cearense dirigida por Jorge Polo e Petrus de Bairros. O filme traz um grupo de jovens LGBT envolvidos com a presença de monstros que sobrevivem através das gerações.
Canto dos Ossos conta a história de duas amigas que decidem seguir rumos diferentes em suas vidas. Décadas depois da despedida, Naiana é professora do ensino médio em uma pequena cidade litorânea, onde um hotel em reforma emana estranha presença. A três mil quilômetros dali, a noite devoradora envolve Diego.
Entre os curtas-metragens, o júri premiou Egum (2019), ficção carioca dirigida por Yuri Costa. Trata-se de uma das produções mais deficientes da Mostra Foco, porém com um conteúdo radical e politizado em sua representação do racismo, algo que cativou os jurados. Enquanto isso, os vencedores do voto popular foram obras de estrutura mais convencional, ambas lideradas por mulheres fortes.
Confira a lista completa de premiados:
Júri oficial
Melhor longa-metragem: Canto dos Ossos (CE), de Petrus de Bairros e Jorge Polo
Melhor curta-metragem: Egum (RJ), de Yuri Costa
Júri popular
Melhor longa-metragem: Até o Fim (BA), de Glenda Nicácio e Ary Rosa
Melhor curta-metragem: A Parteira (RN), de Catarina Doolan
Prêmios paralelos
Melhor longa-metragem da Mostra Olhos Livres: Yãmiyhex: As Mulheres-Espírito (MG), de Sueli Maxacali e Isael Maxacali
Prêmio Canal Brasil de Curtas: Perifericu (SP), de Nay Mendl, Rosa Caldeira, Stheffany Fernanda e Vita Pereira
Prêmio Helena Ignez para destaque feminino: Lílis Soares, diretora de fotografia
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