Lendas de São Francisco do Sul - SC

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Lendas de São Francisco do Sul - SC


Hoje vamos revelar alguns dos mistérios de São Francisco do Sul, essa é a cidade mais antiga de Santa Catarina e a terceira cidade mais antiga do Brasil. Colonizada por franceses, espanhóis e açorianos, sua primeira ocupação, foi feita temporariamente por espanhóis por volta de 1553. Apesar de muitos acreditarem, não existem provas de que teria sido em São Francisco do Sul um dos pontos onde em 1504 a expedição de Binot Paulmier de Gonneville teria aportado.

Por se tratar de uma cidade tão antiga e histórica, São Francisco do Sul foi palco de muitos acontecimentos históricos e o local é repleto de ruínas das histórias que estão perdidas no tempo. Confira algumas dessas lendas:

A Lenda da Carroça sem Cavalo


Nas noites de inverno, quando o frio nevoeiro que vinha do mar descia sobre a cidade, as pessoas que moravam em uma certa rua de São Francisco, denominada hoje Rua Dez, eram acordadas nas altas horas da madrugada, com o barulho de uma inconveniente carroça.

Essa carroça se locomovia de forma tão lenta, que os moradores, já irritados, levantavam-se de suas camas para verificar o que estava acontecendo. Quando abriam as janelas de suas casas para espiar quem era o responsável por tamanho incômodo, tinham um tremendo susto. A carroça não tinha cavalo! Dentro da carroça, panelas velhas, baldes amassados, chaleiras e bules, alguns pendurados no lado de fora da carroça, eram os responsáveis pelo tremendo barulho. As pessoas escondiam-se em suas casas, assombradas com tamanha manifestação do outro mundo, esperando que a carroça e o barulho desaparecesse lá longe no nevoeiro.

Contam as pessoas mais velhas que um carroceiro vivia espancando o seu cavalo, dizem que uma força sobrenatural entrou no cavalo e como vingança pelos maus tratos que sofrera ele se vingou, matando o carroceiro com um coice fatal, desde então o cavalo desapareceu e nunca mais foi visto.


As Serpentes da Ilha do Cação



Há muitos anos atrás, viviam dois irmãos muito unidos, que pescavam e trabalhavam na lavoura juntos. Um desses irmãos estava noivo e prestes a casar. Em uma ilha, que hoje é chamada Ilha do Cação, resolveram os dois irmãos iniciar uma nova lavoura de feijão. E obtiveram grande êxito, levando-os a dobrar a área de plantio. Numa de sua inspeções pela lavoura, encontraram uma parte destruída. Sem entender o que havia ocorrido, os dois irmãos replantaram a área e voltaram no dia seguinte. A plantação havia sido destruída novamente. Decididos a descobrir quem estava atrapalhando seu trabalho, replantaram o feijão e, escondidos, ficaram de tocaia.

A noite, uma grande lua iluminou toda a baía. O silêncio era total. De repente, ouviu-se um forte barulho vindo do mar, as águas tornaram-se revoltas. Os irmãos estavam tremendo de medo, quando viram sair do meio das águas duas enormes serpentes, que rastejaram em direção a plantação, destruindo tudo no seu caminho. Quando a luz da lua cheia bateu sobre as serpentes, uma transformação ocorreu. As serpentes foram transformadas em duas belas moças, que assustadas ao perceber a presença dos irmãos, tentaram fugir em direção ao mar. Uma delas fugiu, mas a outra foi presa por um dos jovens, que ao tocar a moça, ouviu essas palavras: "Você quebrou meu feitiço e agora me pertence!" O rapaz ficou apavorado, pois estava de casamento marcado. Mas a moça encantou o rapaz, que voltou ao continente, desfez seu noivado, e voltou para os braços de sua misteriosa amada, com quem deu início a uma família e passou a morarem na Ilha do Cação, diz a lenda que seus descendentes são influentes na sociedade francisquense.

A Lenda da Roseira


Em uma fazenda, na Ilha de São Francisco do Sul, havia uma menina muito simpática e inocente, que morava com seus tios, pois ainda jovem, seus pais haviam falecido. Eles a tratavam mal, pois a consideravam um empecilho. No caminho que levava até a fazenda havia uma roseira, que teimosamente engatava no vestido da menina, rasgando um pedaço, toda vez que ela se dirigia para a escola ou retornava para sua casa. Como aquela situação continuava a persistir, a menina, já aborrecida, resolveu queixar-se aos seus tios. Estes não deram muita importância ao fato, e mandaram-na passar longe da roseira e assim evitar o problema.

Assim a menina fez no dia seguinte. Quando estava passando a uma certa distância da roseira, qual a surpresa da menina, quando um galho atravessou seu caminho e rasgou novamente um pedaço de seu vestido. Assustada, a menina voltou apressada para a fazenda chorando, e contou o sucedido aos seus tios, que prometeram resolver o caso no dia seguinte. No outro dia, foram até o local em que se encontrava a roseira, e com um machado, cortaram a planta até a raiz.Embaixo da raiz, encontraram surpresos, um grande recipiente repleto de moedas de ouro. Com as moedas, tornaram-se grandes proprietários de terras na região, mas enviaram a menina embora sem nenhuma das moedas encontradas graças a ela.

A Lenda da Escrava Maria


Nos anos em que a escravidão era a responsável pela movimentação da economia francisquense, uma escrava chamada Maria, sem entender a razão pela qual foi tirada de sua gente, e trazida a um mundo estranho onde era espancada no pelourinho, o ódio crescia em seu coração.

Maria teve um filho com um escravo da mesma fazenda, mas não queria que seu pobre filhinho tivesse o mesmo destino que ela. Ela estava decidida a fugir. Um dia, antes do sol nascer, Maria juntou as poucas coisas que tinha naquela fazenda infeliz, e com seu filho nos braços, partiu rumo a liberdade. Mas seu senhor não estava disposto a deixa-la ir em paz.

Maria estava desesperada. Para onde fugir? Avistou, ao longe, o Morro da Cruz, e partiu em sua direção. Ao pé da montanha, Maria decidiu que não daria chance ao senhor da fazenda de faze-la sofrer outra vez ou seu filho. Subiu a montanha, e lá de cima viu toda a Ilha. Uma bela visão. Abraçou seu filho com força, olhou uma vez mais ao seu redor e atirou-se no espaço vazio. Durante alguns segundos, parece que a paz reinou em sua vida, mas isso terminou no momento em que seu corpo tocou as pedras. O sofrimento acabara.

O Criador, com pena da pobre escrava, transformou-a numa linda orquídea, que floresce todas as manhãs, quando um lindo beija-flor de asas douradas, seu filho, vem beijá-la com carinho.

O Lenhador Fantasma da Ilha Redonda


Em São Francisco do Sul há uma ilha, chamada pelos pescadores de Ilha Redonda devido ao seu formato. Conta-se que era muito piscosa, atraindo pescadores de vários locais.

Entretanto, poucos tinham a coragem de permanecer na ilha à noite, pois dominados pelo medo e o mistério que rondava a ilha ao anoitecer, lançavam suas embarcações ao mar e fugiam apavorados. Os que lá permaneciam, contavam que em noites de lua cheia, exatamente a meia-noite, quando o silêncio era quase fantasmagórico, ouvia-se a distância um solitário lenhador a abater árvores com seu machado. Meia hora depois, o "Lenhador", como passou a ser conhecido, recolhia seu machado e o silêncio tomava conta da Ilha Redonda novamente.

No dia seguinte, pela fúria com que o "Lenhador" havia trabalhado na noite anterior, todos esperavam encontrar uma grande área desmatada, mas espantavam-se, pois não havia sequer uma árvore lançada ao solo por toda a ilha. Muitos, que não acreditavam nas histórias contadas por aqueles que ouviram o furor do machado do "Lenhador", iam passar uma noite na ilha e voltavam contando que realmente, em noites de lua cheia, ouvia-se nitidamente o som do machado afiado contra as árvores.

As Ruínas Assombradas de um Leprosário 


Localizado na entrada do porto de São Francisco do Sul, no Balneário de Capri, encontram-se as ruínas de um antigo leprosário, que segundo registro de alguns historiadores, foi mandado construir pelo Imperador Dom Pedro II para servir de abrigo à hansenianos deportados do Rio de Janeiro e de outras regiões do litoral catarinense.

Depois da desativação do leprosário, ficou sem receber visitas por um longo período, pois os moradores tinham medo de serem contaminados com o bacilo da lepra.

O leprosos vinham para o leprosário para ficar em total isolamento, ficavam ali até serem totalmente devorados pelo bacilo.

Segundo relatos de pessoas que visitaram o local, quando se chega perto das ruínas a sensação é muito negativa, logo lhe vem na mente uma sensação de agonia. Vários moradores locais afirmam que avistam constantemente espectros de humanos que se escondem entre os pilares do antigo depósito humano.

Há também moradores mais próximos ao local que descreveram gritos, pedidos de ajuda e lamentos, que saem de dentro das ruínas.

 Cabecinha- O Terror da Vila

Ruínas da Casa do Cabecinha

Irrequieto, imperioso e desabusado, Domingos Francisco Francisques, mais conhecido pela alcunha de “Cabecinha”, tornou-se o terror da vila de São Francisco do Sul, principalmente depois de ter sido nomeado, além de capitão-mor, que já o era desde 1686, locotenente, sesmeiro e procurador do Marquês de Cascais.

Acusado de cometer arbitrariedades e uma série de assassinatos e malvadezas, foi condenado à morte por enforcamento em praça pública. Sua cabeça salgada e exposta até que o tempo a consumisse. Mas a sentença nunca se concretizou, pois Cabecinha ao saber da sua condenação, embrenhou-se na mata e nunca mais se teve notícias dele.

Uns dos mais célebres crimes, deu-se quando um filho dele faleceu. Cabecinha queria que o corpo fosse enterrado em baixo do altar mor da matriz. Como o Vigário da Vila, o Frei Fernando, recusou-se a fazê-lo, Cabecinha mandou seus homens prenderem o vigário e lançá-lo em uma velha canoa fora da barra, com a maré vazante, provido apenas de uma porção de peixe seco.

As Lendas da Pedra do Cantagalo



Na localidade de Torno dos Pintos, no distrito do Saí, parte continental do município de São Francisco do Sul, em um lugar de difícil acesso conhecido como Morro do Cantagalo, existe um grande mistério, contado desde os tempos imemoriais pelos nativos da região. No alto desse morro existe uma grande pedra de formato quase circular, onde segundo a crença local acontecem coisas muito estranhas. È muito comum as pessoas relatarem terem ouvido vozes , presenciarem aparições de luzes e pessoas estranhas naquele morro. Conta a lenda que no Morro do Cantagalo existe uma passagem para um outro mundo, guardada por um pequeno galo de ouro. 

O livro “ A Terra Oca “ do escritor e cientista norte-americano Raymond Bernard, editado no Brasil pela editora Record no ano de 1984, cita o local como uma possível entrada para o mundo subterrâneo. Bernard relata a experiência vivida por um dos primitivos colonos alemães em Santa Catarina, que escreveu e publicou um livro em alemão antigo sobre os túneis subterrâneos da região do cantagalo, foram seis anos de estudo e investigações, onde o autor fala do mundo subterrâneo e de sua ligação a superfície da terra através dos túneis que se abrem em Santa Catarina. 

Essas estórias e fatos conhecidos fazem do Cantagalo um lugar inóspito, que desperta o imaginário e a curiosidade de todos aqueles que conhecem a Pedra do Cantagalo.

Avistamentos frequentes de OVNIs


Todos os anos muitos objetos voadores não identificados são avistados nos céus da cidade. Em 2010 um misterioso objeto (que acredita-se ser lixo espacial) caiu do céu e explodiu no quintal de uma residência, em 2014 diversos objetos não identificados foram avistados no céu por muitas testemunhas.

No dia 24 de outubro de 2014 próximo das 22h um objeto esférico e luminoso foi avistado em São Francisco do Sul, sobrevoando a Baia da Babitonga.

No período das 20h15min e 20h40min do dia 28 de outubro, várias testemunhas avistaram dois objetos esféricos e luminosos sobrevoando São Francisco do Sul e seguindo em direção ao oceano até desaparecer.

Em 2015, na noite do dia 11 de maio, um outro OVNI foi registrado, confira o vídeo abaixo:




A Serpente Protetora do Morro do Pão de Açúcar 


Conforme a lenda, diz-se que no Morro do Pão de Açúcar morava uma mulher com uma criança. Um dia três homens apareceram no local querendo estuprá-las e a mulher saiu correndo com a criança lançando-a lá de cima e jogando-se também. Ao cair a criança transformou-se numa rosa e a mulher numa serpente, e se alguém tentava apanhar a rosa, a serpente não deixava.

Tentando por fim à essa história, alguns homens decidiram subir o morro e atirar na serpente, pois contava-se também que a maldição dava muito ouro e várias joias preciosas e que quem conseguisse matá-la ficaria rico, porém, quando atiraram, tanto a serpente quanto a rosa desapareciam como se nunca estivessem estado lá.

O Pescador Fantasma da Praia da Enseada


Conta-se que um velho pescador tinha o costume de sair com seu barco à noite para pescar em alto-mar. Numa noite ele afastou-se demais da praia e notou que as ondas estavam agitadas e perigosas e mais adiante avistou um enorme tubarão circundando o barco. 

O tubarão destruiu o barco e o atacou. Desde então, alguns pescadores da Praia da Enseada, local onde ocorreu o fato, relatam que em noites de lua o pescador aparece no mar pescando solitário.

Nas Sombras do Machadinho


Segundo algumas lendas, coisas estranhas aconteciam na volta do Machadinho, uma região do bairro de Paulas. Dizem que quando o local ainda estava despovoado foi palco de fantasmas, místicos duendes e cavalos enormes, que assustavam os viajantes que passavam por ali, sendo classificado como um lugar mal-assombrado. Contam que os duendes davam banquetes e dançavam à luz da lua cheia.

Outros mistérios que envolvem essa região são a existência de uma religiosa com uma vela na mão em forma de prece que fica nas sombras da volta do Machadinho e a aparição de cadáveres e de uma bela mulher fatal nas proximidades de uma enorme pedra presente no local.

12 comentários:

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  2. Eu fui no hospital abandonado de sao francisco e tirei uma foto para recordaçao e em uma das janelas do hospital apareceu um espectro humanoide

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  3. Essa Volta do Machadinho fica em em que parte do Balneário de Paulas?
    Não conheço essa parte de São Fancisco do Sul ainda.

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  4. Alguém sabe onde ficam as ruínas da Casa do Cabecinha?

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