Lendas indígenas de Roraima

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Lendas indígenas de Roraima

Monte Roraima, um dos principais destinos turísticos do estado, está localizado na tríplice fronteira entre Brasil, Venezuela e Guiana. O local é cercado de lendas.


No último domingo (19 de abril) foi comemorado o "Dia do Índio", por isso resolvemos selecionar na postagem de hoje algumas lendas indígenas famosas de Roraima.

O extremo norte do país possui um folclore muito rico, principalmente o estado de Roraima que é repleto de lendas indígenas que encantam e também amedrontam os turistas, mostrando peculiaridades que só existem em Roraima, confira algumas lendas que tiveram origem no estado:


A Lenda do Mimirã


Em Roraima existe uma lenda urbana muito famosa. Dizem que uma criatura magra, branquela e desengonçada aterroriza pessoas que trabalham em ambientes fechados. Seu nome, no dialeto dos índios macuxi, é mimirã, que significa algo como "Louco babão".

Um amigo meu me contou que um dia estava em sua sala trabalhando, tranquilamente, quando de repente, sem mais nem menos, apareceu uma criatura alta e magra, desmilinguida. Ele ficou paralisado olhando para o ser amorfo, sem reação, esperando o que iria acontecer. De repente o ser mórbido lhe susurrou algumas palavras inteligíveis, vasculhou os papéis que estavam sobre sua mesa e saiu pela porta. Depois disso ele não tem mais sossego. Agora todo dia fica apreensivo, na expectativa de que mimirã apareça.

A lenda macuxi diz que mimirã é um fantasma de um ancestral renegado pelo seu povo, que foi expulso da sua comunidade depois de perturbar a todos com sua loucura. Dizem que aparece em locais fechados pois foi criado confinado e isolado e acha que todo local fechado lhe pertence.


A Lenda de Macunaima


O Sol era apaixonado pela Lua, mas nunca se encontravam. Quando o Sol se punha, era hora da Lua nascer... E assim viveram por milhões e milhões de anos... Uma enorme montanha, muito alta, repousa no meio dos imensos campos de Roraima. Em cima, um vale de cristais e um lago de águas cristalinas, os quais reservam para si os mistérios da natureza.

Um belo dia, o Sol atrasou-se um pouco (eclipse) e o tão ansiado encontro aconteceu. Seus raios dourados refletiram, juntamente com os raios prateados da Lua, no lago misterioso... Nesse encontro, Macunaíma foi concebido! Macunaíma esperto, cheio de magias, teve como berço o Monte Roraima. Cresceu forte e tornou-se um índio guerreiro; os índios Macuxi o proclamaram herói da sua tribo. “A bravura desse homem não se mede pelas armas que usou, mede-se pelos feitos que o tempo projectou. Macunaíma era justiceiro. Havia, próximo à montanha, uma árvore diferente, misteriosa. A Árvore de Todos os Frutos. Dela nasciam, a banana, o abacaxi, enfim todas as frutas tropicais. Ninguém podia apanha-las! Somente Macunaíma colhia os seus frutos dividia-os entre todos, igualmente. Mas a ambição tomava conta da tribo. Assim, os índios desobedeceram, mexeram na árvore, arrancando-lhe todos os frutos e quebrando-lhes os galhos, para plantarem, pois, queriam mais árvores desse mesmo tipo. A Árvore Sagrada perdeu a sua magia e Macunaíma ficou furioso! Num gesto de justiça, queimou toda a floresta, petrificou a árvore e, amaldiçoando todos, ordenou que se fossem embora.

Da imensa floresta verde, restaram apenas cinza e carvão. E, até hoje, em frente ao Monte Roraima, está a Árvore Sagrada, petrificada. Macunaíma, em espírito, repousa, tranquilo, no Monte Roraima.


A Lenda do Açaí 


O Açaí é um fruto típico da Amazônia que há vários séculos faz parte da vida dos povos da floresta, mas recentemente seu valor ultrapassou essas fronteiras e chegou a todas as partes do Brasil e em diversas localidades do mundo.

Nas grandes cidades o uso do Açaí se tornou um modismo, pois nos dias de hoje é cada vez mais freqüente a valorização da beleza e da juventude. Assim, o Açaí se tornou um referencial de dieta saudável, redução de peso, rejuvenescimento e afrodisíaco.
Contudo, entre os povos da floresta as relações que eles estabelecem com a natureza se fixam em valores e conceitos diferentes daqueles que as pessoas das cidades têm. As comunidades tradicionais e os povos indígenas fazem uso dos recursos à sua volta (água, plantas, animais etc.) por meio de associações simbólicas que são muitas vezes expressas em mitos e lendas.

A “Lenda do Açaí” é um dos inúmeros exemplos que demonstram o modo de vida especial que os povos nativos da Amazônia possuem com o meio ambiente.
Assim diz a “Lenda do Açaí”: num passado muito distante, vivia no coração da floresta uma aldeia indígena muito numerosa. Naquela época ocorreu uma fase de grande escassez de alimentos de modo que os índios sofreram muito. Por essa razão, o líder dos índios (conhecido como cacique) teve que tomar uma decisão drástica. Ele decidiu fazer um controle populacional com objetivo de diminuir a fome de seu povo. Ele pensava que com menos pessoas para alimentar seria mais fácil enfrentar aquele período de penúria. Portanto, o cacique determinou que todas as crianças que nascessem a partir daquela data seriam sacrificadas. Contudo, a filha mais nova do cacique, a bela “Iaçá”, deu a luz a um gracioso menino que, infelizmente, teve o mesmo destino cruel das outras crianças.

Por causa disso, a jovem índia chorava todas as noites com muitas saudades de seu filho, até que numa noite de lua cheia, a índia ouviu o choro de uma criança que se parecia bastante com o choro de seu filho. Ela se levantou rapidamente e saiu à procura do menino até que chegou perto de uma belíssima palmeira.
Quando a índia chegou ao local, seu filho a esperava ao pé da palmeira, com um largo sorriso no rosto e com braços abertos. Cheia de alegria, a índia “Iaçá” correu para abraçá-lo, mas quando o fez, a criança desapareceu num piscar de olhos. No dia seguinte, a índia foi encontrada morta, abraçada ao tronco da palmeira. Seu rosto trazia um suave sorriso de felicidade e seus olhos negros, ainda abertos, fitavam o alto da palmeira que estava carregada de frutinhos escuros.

Comovido com tudo aquilo, o cacique ordenou que os indígenas apanhassem os frutinhos e percebeu que deles poderia se extrair um suco quando amassados, que passou a ser a principal fonte de alimento daquela aldeia. Este achado fez com que o cacique suspendesse os sacrifícios e as crianças voltaram a nascer livremente, pois a alimentação já não era mais problema na aldeia. Para agradecer aquela benção recebida e também para homenagear sua filha, o cacique batizou com o nome de “Açaí” aos frutinhos encontrados na palmeira, que é justamente o nome de “Iaçá” ao contrário.

Para muita gente, as lendas e mitos são simples bobagens, mas ao olharmos com mais detalhes para o modo de vida das comunidades onde essas narrativas nascem podemos extrair grandes lições. No caso da “Lenda do Açaí” é possível ver uma série de valores que servem para unir o grupo, reforçando laços de afinidade, a esperança num futuro melhor, incentivando à crença na provisão divina e reforçando a busca de alternativas para superar dificuldades individuais e coletivas.

Conhecer uma lenda como essa nos leva pensar um pouco, pois enquanto que muitos de nós, capitalistas urbanos, buscamos consumir o Açaí simplesmente pelas suas propriedades nutricionais ou só para “estar na moda”, é importante entender outros valores que levam os povos da floresta apreciar esse delicioso alimento.


A Lenda de Tampa-Tajá


Na tribo Macuxi havia um índio forte e muito inteligente. Um dia ele se apaixonou por uma bela índia de sua aldeia. Casaram-se logo depois e viviam muito felizes, até que um dia a índia ficou gravemente doente e paralítica.

O índio Macuxi, para não se separar de sua amada, teceu uma tipóia e amarrou a índia à sua costa, levando-a para todos os lugares em que andava. Certo dia, porém, o índio sentiu que sua carga estava mais pesada que o normal e, qual não foi sua tristeza, quando desamarrou a tipóia e constatou que a sua esposa tão querida estava morta.

O índio foi à floresta e cavou um buraco à beira de um igarapé. Enterrou-se junto com a índia, pois para ele não havia mais razão para continuar vivendo. Algumas luas se passaram. Chegou a lua cheia e naquele mesmo local começou a brotar na terra uma graciosa planta, espécie totalmente diferente e desconhecida de todos os índios Macuxis. Era a TAMBA-TAJÁ, planta de folhas triangulares, de cor verde escura, trazendo em seu verso uma outra folha de tamanho reduzido, cujo formato se assemelha ao órgão genital feminino. A união das duas folhas simboliza o grande amor existente entre o casal da tribo Macuxi. O caboclo da Amazônia costuma cultivar esta curiosa planta, atribuindo a ela poderes místicos.

Se, por exemplo, em uma determinada casa a planta crescer viçosa com folhas exuberantes, trazendo no seu verso a folha menor, é sinal que existe muito amor naquela casa. Mas se nas folhas grandes não existirem as pequeninas, não há amor naquele lar. Também se a planta apresenta mais de uma folhinha em seu verso, acredita-se então que existe infidelidade entre o casal. De qualquer maneira, vale a pena cultivar em casa um pezinho de TAMBA-TAJÁ.


A Lenda de Canaimé



Canaimé é um ser muito temido pelos índios de Roraima e ataca quem faz mal para a natureza. Canaimé não possui cabeça, tem olhos na barriga e fica invisível para atormentar os inimigos que invadem o seu território. Canaimé habita na montanha Tupuy juntamente com espíritos do mal, animais gigantes, como cobra grande e o grande deus do mal, Makunaima.

Todos os viajantes, missionários, pesquisadores e profissionais da saúde que percorreram, visitaram ou viveram na região colecionaram histórias funestas sobre episódios de morte associados pelos índios à ação Kanaimé. Richard Schomburgk, que viajou ao interior da Guiana entre os anos de 1840-44, interpretou o Kanaimé como um inimigo invisível, uma essência demoníaca, bem como em muitos casos uma personalidade individual, configurando a maneira e o método pelo qual os índios satisfazem a sua vingança, um pesadelo opressivo que os persegue a todo o momento, os fazendo fechar a porta no final do dia e acreditar que reconheçam sua presença nos ruídos estranhos da noite. Schomburgk foi preciso ao descrever o caráter pervasivo das preocupações em identificar e prever ataques e como a ideia de Kanaimé impregna toda a paisagem.

De acordo com a lenda o Canaimé ainda existe atualmente dentro das comunidades indígenas, só que em números reduzidos, eles matam crianças, velhos, homens e mulheres. Pajé contou que para matar um canaimé é preciso fazer uma defumação com pêlo do macaco Cuatá e fazer bala de cera da abelha Jandaíra, mas quem conseguiu fazer isso foi perseguido pelo resto da vida por outros canaimés. Eles costumam atacar pessoas que andam sempre sozinha(caçadores e pescadores) crianças indefesas, pessoas doentes e etc.

Seu ataque é fatal, primeiro ele espanta as pessoas e elas desacordam, o canaimé então corta a língua , corta o pulso, quebra o pescoço e ainda coloca folha no ânus de sua vitima e depois de tudo isso a pessoa torna em si, mas já está praticamente morta, pois matam o espírito primeiro, depois a vitima fica com muita febre, não come, não bebe água e também não fala mais e o canaimé passa a noite rodeando a casa para terminar de matar definitivamente. Antigamente existia muitos pajés bons que sabiam matar os canaimés, sabiam fazer orações no corpo dos mortos antes de enterra-los, pajé zé poeira jogava soda caustica no corpo da vítima de canaimé, existem relatos que a criatura costuma voltar no túmulo de suas vítimas para se alimentar do que sobrou.


A Lenda do Tepequém


A Serra do Tepequém teve seu nome originado das palavras indígenas "Tupã queem" que quer dizer "Deus do fogo". Vulcão extinto há alguns milhares de anos, com uma altitude de 1500 metros acima do nível do mar, tem o topo cortado por um vale que abriga duas lindas cachoeiras (do Paiva e do Sobral).

Conta uma lenda Macuxi que um imenso vulcão que vivia sempre "zangado", jogava longe as suas lavas queimando e destruindo tudo a sua volta. Os índios daquela região já se encontravam desesperados, pois não havia mais o que caçar ou pescar. O fogo destruía as roças de macaxeira, banana, o buriti e o tucumã, os animais, fugiam assustados, os pássaros já não sobrevoavam mais a região.

Um certo dia, um Pajé convocou a todos da tribo para se reunirem e em volta da fogueira, o Pajé recebeu uma mensagem: "Teriam que ser sacrificadas três virgens, só assim aplacaria a fúria do vulcão". As três mais bonitas cunhãs virgens se apresentaram para realizar o sacrifício em benefício do seu povo, e num ritual, num sublime gesto de renúncia, atiraram-se dentro do vulcão. Aceito o sacrifício, viu-se aplacada a fúria do vulcão que parou de lançar suas lavas, em vez de fogo, começou a jorrar diamantes. O vulcão, hoje, é a grande Serra do Tepequém, que tem a sua frente três lindas serras que representam as virgens sacrificadas.

A vida, na região, voltou ao normal, surgiram novas vegetações, os animais regressaram e muita riqueza surgiu no local.


A Lenda da Cruviana


A Cruviana aparece no início da noite no verão amazônico, que corresponde ao período com menos chuvas, especialmente nos meses de junho a agosto. A sua presença é inicialmente percebida como uma agradável e amena brisa que vai se ampliando e dominando o ambiente na forma de um intenso frio, úmido e penetrante, que, como se dizia nos nossos acampamentos, embrenha nos cobertores, roupas e chega até os ossos. A Cruviana dura toda a noite e desaparece com os raios solares dos dias de verão.

Diz a lenda do Norte que Cruviana seduz um forasteiro, chegando bem devagar, em forma de uma brisa que o envolve enquanto ele dorme deitado numa rede. No dia seguinte, o visitante diz-se completamente apaixonado. Cruviana é a Deusa do vento, a mulher do alvorecer. O encanto obriga eles ficarem na Terra de Makunaimî, de onde nunca mais vão embora.



A Lenda do Muiraquitã


Muiraquitã é considerada um verdadeiro amuleto da sorte, que consiste num sapinho feito de pedra ou argila, é geralmente de cor verde, que era confeccionado em jade. Os indígenas contam a seguinte lenda: que estes batráquios, que eram confeccionados pelas índias que habitavam às margens do rio Amazonas.

As belas índias nas noites de luar em que clareava a terra se dirigiam a um lago mais próximo e mergulhavam em suas águas retirando do fundo do lago bonitas pedras que modelavam rapidamente e ofereciam aos seus amados, como um verdadeiro talismã que pendurado ao pescoço levavam para caça, acreditando que traria boa sorte e felicidade ao guerreiro. Conta a lenda que até nos dias de hoje muitas pessoas acreditam que o Muiraquitã trás felicidade e é considerado um amuleto de sorte para quem o possui.

O Muiraquitã apresenta também outras formas de animais, como jacaré, tartaruga, onça, mas é na forma de sapo a mais procurada e representada por ser a lenda mais original. As Icamiabas ofertavam a seus parceiros Guacaris, tribo mais próxima de nossas Amazonas, após o acasalamento na festa dedicada a Iaci, entidade considerada mãe do Muiraquitã e que anualmente durava dias. Conta a lenda, que depois de manterem relações sexuais, as Icamiabas mergulhavam até o fundo lo lago espelho da lua, nas proximidades das nascentes do rio Nhamundá, perto do qual habitavam as índias, nação das legendárias mulheres guerreiras que os europeus chamavam de amazonas (mulheres sem maridos), para receber de Iaci o famoso talismã, o qual recebia as bênçãos da divindade.

A lenda diz também, que se dessa união nascessem filhos masculinos, estes seriam sacrificados, deixando sobreviver somente os do sexo feminino.


A Lenda do Caipora



Seu nome significa "Habitante do Mato".

Ao contrário do que muitos pensam, o Caipora não tem absolutamente nada a ver com o Curupira, seria no máximo um primo distante, a única semelhança entre as lendas é que ambos são conhecidos por ser guardiões das matas.

Ao contrário do Curupira que é conhecido por ser uma espécie de duende demoníaco de cabelo vermelho e pés ao contrário, o Caipora não tem os pés ao contrário e muito menos cabelo vermelho, o Caipora possui o corpo completamente coberto de pelos, olhos vermelhos que são vistos de longe e anda sempre montado em um porco do mato, conhecido por ser muito rápido, razão pela qual o homem não consegue alcançá-lo. Tem poderes sobrenaturais de controlar os animais e galopa pela floresta cumprindo sua missão. De acordo com a lenda, o Caipora é o terror dos caçadores que caçam além das necessidades. 

O Caipora usa todos seus conhecimentos sobre a vida na floresta para fazer armadilhas para os caçadores, destruir suas armas e bater nos cães de caça. O caipora assusta os caçadores, reproduzindo sons da floresta, além de modificar os caminhos e rastros para fazer com que os caçadores se percam na floresta. Aos domingos, sextas-feiras e dias santos o Caipora age com mais força e de maneira mais intensa.


Uma forma de escapar da ação do Caipora é oferecer-lhe fumo de corda e outros presentes, que devem ser deixados próximos ao tronco de uma árvore, de preferência numa quinta-feira. Mesmo assim, não é garantia de que o Caipora não irá agir, pois dizem que ele pode ser traiçoeiro.

A lenda tem várias variações pelo Brasil, no sul a criatura é conhecida por ser enorme, já em Roraima e em toda a região norte é um ser de estatura baixa, do tamanho de uma criança.


A Lenda do Monte Roraima 


Localizado na tríplice fronteira entre Brasil, Venezuela e Guiana. O local é cercado de lendas. Os índios Macuxi contam que antigamente, no local onde hoje existe o Monte Roraima, existiam apenas terras baixas e alagadiças, cheias de igapó. As tribos que viviam naquela área não precisavam disputar comida, pois a caça e a pesca eram fartas.

Uma vez, nasceu um belo pé de bananeira. A estranha planta cresceu muito rápido e deu belíssimos e apetitosos frutos. Os pajés avisaram a todos que aquele vegetal era um ser sagrado e que como tal seus frutos eram proibidos para qualquer pessoa da tribo. Eles disseram ainda que caso alguém desobedecesse a regra e tentasse comer uma fruta daquelas, desgraças terríveis aconteceriam: a caça se tornaria rara, as frutas secariam e até a terra iria tomar um formato diferente. Era permitido comer de tudo, menos os frutos da bananeira sagrada.

Todos passaram a temer e a respeitar ordens dos pajés. Mas houve um dia em que, ao amanhecer, todos correram para ver com espanto a primeira desgraça de muitas que ainda estavam por vir: um cacho da bananeira havia sido decepado. Todos se perguntavam, mas ninguém sabia dizer quem poderia ter feito aquilo. Antes que tivessem tempo para descobrir o culpado, a previsão dos mais velhos começou a acontecer. A terra começou a se mover e os céus tremiam em trovões. Todos os animais, da terra ou do céu, bateram em retirada. Um dilúvio começou a despencar e um enorme monte começou a brotar rasgando aquelas alagadas terras. E foi assim que nasceu o Monte Roraima. É por tudo isso que, até os dias de hoje, acredita-se que o monte Roraima chora quando de suas pedras caem pequenas gotas de água cristalina.

18 comentários:

Unknown disse...

Que saudade da minha infância. Obrigada por reunir essas lendas!

Unknown disse...

Que saudade da minha infância. Obrigada por reunir essas lendas!

Unknown disse...

Cara aslendas São boas mas tem muitas coisa erradas

Unknown disse...

Muito boa as lendas

Anônimo disse...

MUITO BOM O MATERIAL ...MAS E OS AUTORES ...QUEM OS ESCREVEU

Unknown disse...

Muito legal , tinha muitas delas que eu não conhecia muito "TOP"valeu✌

Unknown disse...

E muito top valeu a pena ler isso

Anônimo disse...

Por que?



Unknown disse...

Que maravilha de lendas.

Unknown disse...

Muito bom! Qual a origem das pesquisas? Quem as reuniu?

Unknown disse...

Muito bom as lendas eu nao sabia a metade

Anônimo disse...

Medo 😱 meu Deus
Gostaria muito que você está aprontando o seu trabalho de pesquisa

Anônimo disse...

Fds todos vcs

Anônimo disse...

Muito bom tava pressionado de ler umas lendas mais tem algumas erradas mais Tá legal amei

Anônimo disse...

Eso mesmo 🤭🤭🤭🤭🤭🤭😚

Leitura dinamica,mariazilma disse...

Trabalhando com meus alunos do 2° Ano Fundamental 1.

Anônimo disse...

Eu q n fui kkkkk

Anônimo disse...

Que assustador