Os interessados em ficção científica não podem deixar de conferir a exposição que será aberta nesta segunda-feira (12), no Espaço Cultural Cultura Inglesa, em Campinas. A mostra é composta por painéis que traçam a linha do tempo desse gênero altamente influente na cultura pop.
Além disso, revela detalhes de cada autor e obra que se destacaram na ficção científica nas áreas de literatura, cinema, música, quadrinhos e games. “Um dos grandes objetivos desse trabalho foi procurar mostrar ao público que a ficção científica é pop, mas também é bem crítica”, conta o curador Rogério Campos.
Segundo ele, a ficção científica inglesa, principal foco do projeto, se relaciona muito bem com as outras artes, diferentemente da americana. “A ficção científica americana é feita somente para quem é fã, já a inglesa é mais abrangente”, diz.
A ficção científica surgiu no Reino Unido com Mary Shelley, a autora de Frankenstein. Com apenas 16 anos, ela deu à luz esse novo gênero em 1816. Nesse ano, ela, o marido Percy Shelley, Lord Byron, John William Polidori e Claire Cliarmont passaram o Verão em uma casa à beira do lago Léman, na Suíça.
Eles se propuseram a fazer uma competição de histórias de terror, e dessa brincadeira nasceu não apenas Frankenstein, como também um conto de Polidori que é considerado o precursor da figura romantizada do vampiro como a conhecemos hoje. Há relatos históricos de que eles tomavam doses cavalares de absinto para “expandir a mente” antes de escrever.
Mais adiante, surgiram obras que consagraram o gênero como Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley, e 1984, de George Orwell. “Na minha opinião, esses livros mostram muito bem o pensamento crítico da sociedade e do racionalismo que move a ficção científica britânica em relação à visão americana, que costuma ver com maior entusiasmo temas como as viagens ao espaço.”
No cinema, a ficção cientifica rendeu enredos fantásticos como 2001, uma Odisseia no Espaço (EUA, 1968) e Laranja Mecânica (Inglaterra, 1971). E a música também incorporou muito essa influência. “Ela surgiu na odisseia espacial do Major Tom de David Bowie, da canção Space Oddity, e seguiu até as batidas eletrônicas que questionavam o conceito de homem e de máquina dos alemães do Kraftwerk”, diz Rogério
Campos.
COMO CHEGAR
A Cultura Inglesa-Campinas fica na Rua Dr. Antônio da Costa Carvalho,Cambui,480, telefone (19) 3255-8656. A exposição ficará aberta de segunda a sexta das 8h às 21h e aos sábados das 8h às 13h. A entrada é franca
Campos.
COMO CHEGAR
A Cultura Inglesa-Campinas fica na Rua Dr. Antônio da Costa Carvalho,Cambui,480, telefone (19) 3255-8656. A exposição ficará aberta de segunda a sexta das 8h às 21h e aos sábados das 8h às 13h. A entrada é franca
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